DEGUSTE O SABOR DAS PALAVRAS, SINTA-AS E DEIXE QUE ELAS O ENVOLVAM!

Sejam bem-vindos ao meu blog galera. Aqui divido com vocês um pouco da minha imaginaçãoa através dos meus textos.
As palavras podem provocar sensaçãoe sindiscritivies e ão prazerosas quanto o prazer fisico, e aqui,, tento mostrar que não preciso usar linguagem baixa para que isso ocorra!

Espero que divirtam-se e voltem sempre.

Abraços.

Mr. G

domingo, 2 de janeiro de 2011

Drácula Contemporâneo - Parte II - Na calada da noite


Algumas semanas se passaram após o estranho sonho que tive, apesar desse tempo, não consegui esquecê-lo. Toda vez que chegava em casa e deitava em meu travesseiro, as lembranças daquele encontro com o estranho forasteiro e o do sonho que o sucedeu, voltavam a minha mente e me desconcertavam. Infelizmente, o que eu mais queria não aconteceu, procurei-o por diversas vezes durante a noite quando deixava a praça e meus amigos e retornava a minha casa, mas a busca foi em vão. O estranho homem havia desaparecido sem deixar rastros. Pensei em perguntar a alguém sobre o individuo, mas com certeza meu interesse pelo estranho levantaria suspeita e acabaria entregando os sentimentos que aos poucos dominavam minha razão. Acabei me conformando com a necessidade de me manter em silencio e a conter minha curiosidade ao respeito daquele homem. E assim passei por todos esses dias.
A monotonia tradicional da minha cidade foi quebrada em uma noite dessas, não me lembro ao certo à data, mas me recordo que se tratava de um dia de semana. Eu estava  no ponto de ônibus aguardando a condução para me levar de volta para casa. Havia acabado de sair de uma consulta médica regular, a qual fui obrigado a fazer pela minha mãe, após muita insistência. Ocupava meu tempo observando a paisagem próxima, nada se via além das luzes que refletiam sobre o asfalto e janelas iluminadas em prédios residenciais um pouco distantes dali. Estava quase cochilando sentado só sob a proteção do ponto quando um barulho chamou minha atenção.
Apesar de não parecer muito próximo, reconheci de imediato a origem do som. Um casal estava transando e parecia empolgado, ao levar-se em consideração a intensidade dos suspiros. Não soube o porquê, mas senti vontade de procurar com precisão de onde vinha o som, e foi exatamente o que fiz. Deixei-me conduzir pela minha curiosidade e esqueci completamente do ônibus que estava aguardando há um bom tempo. Deixei o ponto e fui caminhando evitando fazer barulho ao pisar na calçada. E assim fui até ficar lado a lado com a entrada de uma pequena viela, onde geralmente se viam alguns adolescentes menores de idade tomando bebidas alcoólicas e experimentando outros tipos de drogas. Naquela noite porem os únicos presentes eram os componentes do casal. Estavam nus e pareciam não se preocupar com a possibilidade de serem flagrados.  Provavelmente tratava-se de um daqueles casais que se estimula com o perigo e procura sempre por formas inusitadas de encontrar diversão. A diversão deles tornou-se também a minha, vê-los ali me estimulou e me motivou a permanecer assistindo a cena, mesmo que a distancia. Passado alguns minutos de observação reconheci ambos, a garota era Janaina, uma das garotas com quem eu havia ficado afim de manter a fachada de heterossexual e o cara era Pablo, um dos meus antigos colegas de classe.
Pablo segurava a cintura da garota, tocando com desejo na tatuagem que era estampada em sua cintura e a moça reagia sem intimidar-se com o ambiente apoiando-se na parede descascada do lugar abusando da sorte ao emitir gemidos de excitação em alto e bom som. Ver Pablo movimentando-se inspirou minha imaginação, o corpo daquele garoto que ha pouco tempo atrás era franzino e sem graça era agora viril, não trazia traços de academia, mas revelava uma masculinidade exclusiva e bela. Os poucos pelos espalhados pelo corpo estavam visivelmente suados e naquele momento desejei senti-los tocar meu corpo. Janaina parecia totalmente satisfeita, seus gritos eram ainda mais altos quando o rapaz beijava seu pescoço e apertava seus seios arredondados e bem dispostos em seu corpo. Pablo tocava os mamilos rosados da garota constantemente, algumas vezes, a pressão que ele fazia com as pontas dos dedos era tanta que a garota reclamava. Havia uma certa brutalidade na relação dos dois, Pablo puxava os cabelos loiros e compridos da moça, mordia-lhe em diversos pontos repetidamente sem interromper a penetração, talvez esta brutalidade tenha sido o motivo do meu êxtase. Quando me dei conta estava tão excitado quanto o cara e desejava também poder sentir o toque daquelas mãos.
Pablo afastou-se da garota e naquele momento pude vê-lo com maiores detalhes, o que vi me motivou ainda mais a permanecer ali os assistindo. O problema veio depois, quando me dei conta que eu não era o único expectador daquela pequena aventura do casal. Estava distraído quando percebi que bem ao meu lado estava ele, o forasteiro, a quem por muito tempo desejei encontrar. Por um segundo quando o fitei diretamente nos olhos, pensei ver um sorriso escancarado e pervertido em minha direção, mas não tive tempo para constatar se era de fato para mim o sorriso. Senti o toque das mãos frias daquele homem em meu pescoço e aquilo me desnorteou, esqueci completamente de Janaina, de Pablo, e de tudo o que pudesse acontecer naquele lugar, só consegui me concentrar em um único ponto, onde o forasteiro deixava sua mão percorrer meu corpo. Por mais estranha e de certa forma ameaçadora que a situação pudesse parecer, minha excitação não diminuiu. Minha visão tornou-se turva e não pude enxergar com nitidez mais nada,mas sabia que ele ainda estava ali lado a lado a mim me tocando. Não senti respiração alguma vindo em minha direção apesar da distancia em que estávamos ter sido mínima. Tomei coragem e o toquei, contornei seu rosto gélido com minhas mãos, sem medo de ser visto por alguém acariciando um homem ou medo da reação daquele estranho. Fiz aquilo sem pensar e não me arrependi, a sensação era prazerosa e desconfortante ao mesmo tempo.
Fui interrompido quando ouvi as risadas e os passos se aproximando. Era o casal conversando sobre o fetiche que haviam realizado e saindo da viela. Quando me dei conta que devia me apressar e sair dali antes que fosse visto, o forasteiro estava longe. O vi partindo e corri atrás dele, tentando alcançá-lo e ao mesmo tempo evitar que fosse visto pelo casal.  Não consegui fazer nenhuma das duas coisas. O casal acabou percebendo que eu estava saindo dali e que provavelmente estava os assistindo o tempo todo e o forasteiro sumiu rápido demais antes que eu pudesse gritar pedindo para que ele esperasse. Sumiu em meio a escuridão da calada da noite, como se nunca estivesse estado naquela rua.
Senti-me inconformado, estive tão perto e nem seu nome descobri. Porém, não tive tempo para me consternar, o ônibus rumo a minha casa estava buzinando para mim. Eu estava no meio da rua, olhando para o nada com esperança de vê-lo mais uma vez. Não podia fazer mais nada, pedi desculpas ao motorista e entrei no veiculo .
Voltei mais uma vez a estaca zero.




Continua....

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