DEGUSTE O SABOR DAS PALAVRAS, SINTA-AS E DEIXE QUE ELAS O ENVOLVAM!

Sejam bem-vindos ao meu blog galera. Aqui divido com vocês um pouco da minha imaginaçãoa através dos meus textos.
As palavras podem provocar sensaçãoe sindiscritivies e ão prazerosas quanto o prazer fisico, e aqui,, tento mostrar que não preciso usar linguagem baixa para que isso ocorra!

Espero que divirtam-se e voltem sempre.

Abraços.

Mr. G

sábado, 15 de janeiro de 2011

Drácula Contemporâneo - Parte Final - Um beijo para eternidade

Olhar para cima e constatar que não existe um teto sobre sua cabeça não é uma das experiências mais agradáveis de vivenciar quando você acaba de despertar de um desmaio. A sensação de desconforto é maior ainda quando você recorda que nos últimos minutos antes de cair sonolento, você estava metido em uma confusão das boas e trazia como recordação desta, alguns roxos espalhados pelo corpo. O céu estava lindo, isto era fato. Mas não saber onde eu estava e como estava meu estado físico com maiores detalhes fez com que a insegurança me tomasse rapidamente.
Ouvi passos suaves se aproximarem, podia identificar o mínimo som dos sapatos de quem quer que fosse que estava caminhando, quebrando a grama alta e úmida de onde eu me encontrava deitado. Apoiei meus cotovelos no chão, ensaiando para me levantar, mas a dor foi tanta que desisti.
- Que bom que acordastes! Tu me deixaste preocupado. Ainda sentes alguma dor?
Não estava sonhando! Pelo menos não desta vez, identifiquei aquela voz terna imediatamente, o forasteiro abaixou-se ao meu lado sorrindo e novamente acariciou-me. Era incrível como suas mãos estavam sempre gélidas, era incrível como sua pele era sempre tão pálida. Comecei a analisá-lo em silencio por algum tempo, primeiro demorei-me aqueles olhos negros como a noite e não pude deixar de perder o fôlego, parecia que algum poder misterioso fazia com que eu me prendesse aquele olhar e não pudesse enxergar nada além dele. Os músculos pálidos, mas não menos belos do corpo do forasteiro estavam expostos, como na primeira vez em que o vi, desta vez, como a proximidade era maior, pude perceber a perfeição das delineações que contornavam cada um deles dispostos perfeitamente naqueles braços, naquele peitoral largo e naquela barriga bem definida. Desejei tocá-lo. O medo que aquele homem me causava nos primeiros momentos em que eu me pegava pensando nele estava totalmente extinto. Naquela hora, senti que podia confiar naquele estranho que há pouco havia me salvado.
- Obrigado!
Fui tomado por uma coragem súbita e o agarrei, senti a pele fria do seu peito nu tocar meu corpo, acariciei aquelas costas largas e viris por muito tempo, e para minha satisfação, não fui impedido e muito menos rejeitado. O forasteiro correspondia, acariciava-me ao mesmo passo com que eu o tocava e me deixava tonto. Mantivemos o contato visual durante todo esse tempo, ele me paralisava com seus olhos, que nesse momento encontravam-se próximos demais dos meus, e eu desejava aquela boca. Eram lábios finos, pálidos, mas pareciam ter sidos desenhados com minúcia e boa vontade.
Não precisei tomar iniciativa, fui beijado e adorei. Era de certa forma estranha aquele beijo, a sensação era como se eu estivesse beijando alguém que havia chupado uma daquelas balas de hortelã bem refrescante durante 24 horas, era um beijo gelado como tudo naquele homem, mas era molhado, intenso e eu desejava mais. Toquei os cabelos do estranho acariciando-o e senti suas mãos gélidas me despindo.
Pensei em Pará-lo, mas não havia motivos para que eu fizesse isso, eu desejava aquele momento em meu íntimo desde a primeira vez que encontrei aquele homem e estava prestes a torná-lo parte de minha realidade. Esqueci completamente meus pudores, mal me importava com que lugar estava e se alguém me assistia, assim como eu havia feito com Pablo e Janaina. O virei e deixei suas costas sobre o gramado, abaixei-me e beijando cada centímetro do seu corpo alcancei o zíper de sua calça. Assim como o desconhecido havia feito comigo, deixei-o nu em meio à relva noturna.
Tocando as partes que antes me eram obscuras, deixei-me arder em uma brasa avassaladora, que nem mesmo o corpo frio do homem era capaz de minimizar. As mãos firmes do forasteiro me trouxeram de volta para seu rosto, e nos beijamos mais uma vez. O contato dos nossos genitais era como uma mistura perfeita e explosiva, eu por um lado fervendo e aquele homem gélido, mas não menos envolvido no desejo. 
                Em momento algum senti a respiração do desconhecido sobre minha pele, mesmo quando estávamos colados demais e seria impossível não constatar alguma inalação de ar. Não me deixei incomodar. Entreguei-me  de corpo e alma, desfrutando com todos os meus sentidos aquele momento, segurando com força as nádegas daquele homem que me amava, olhando para todo aquele corpo escultural que me envolvia, sentindo o perfume suave de seu corpo, provando o sabor de sua pele ao beijá-lo sem me deixar inibir e o ouvindo sussurrar em meu ouvido.
                - Desde a primeira vez que eu o vi, eu sabia que era tu. Tu és o meu escolhido para eternidade.
                As palavras me atingiram, mas não surtiram efeito, não compreendi o que o forasteiro havia dito, mas nada me preocupava. Passar a eternidade ao lado daquele homem seria o maior presente que eu poderia receber. Meu corpo foi incapaz de resistir a tanta volúpia, e acabou cedendo, me esbaldei em prazer, deixando- o sujo com aquilo que denunciava minha satisfação.
                - Você é tudo o que eu preciso. – disse eu encarando-o- Viver ao seu lado o máximo que eu puder, seria o sonho mais lindo que eu poderia ter.
                - Mas tu não sabes nem que eu sou. Não temes nada que possa acontecer vivendo ao meu lado?
                - Como posso temer algo em seus braços? Nunca me senti mais seguro. Sou seu agora e sempre.
                Estava prestes a questioná-lo sobre sua identidade, quando o forasteiro levantou ainda excitado, ajoelhou-se ao meu lado, colocando minha cabeça em seu colo, e aproximou sua boca dele. O cara beijou meu queijo, tocou-me carinhosamente, e deixou meu pescoço a vista. Olhei sem entender e o vi beijando minha nuca. O desconhecido olhou-me novamente e deixou à mostra aquilo que revelava sua verdadeira identidade. Dentro da boca perfeita, além de vários outros dentes incrivelmente cuidados e perfeitos, destacavam-se dois caninos afiados. Achei-me louco, mas naquele momento compreendi tudo.
                Muitos com certeza teriam fugido, mas não. Eu o queria, e não me movi, percebendo minha deixa, o forasteiro cravou suas presas em mim. Admito que houve dor, mas foi incrível como mesmo diante dela, aquele homem me saciava. Senti algo em meu corpo se modificando vagarosamente. Puxei seu rosto do meu pescoço e o levei a minha boca, sentindo o gosto de meu próprio sangue na língua daquele homem. Por fim, o abracei.
                - A eternidade será repleta de amor e prazer ao seu lado, meu Drácula!


FIM

Um comentário:

  1. Very good indeed. You're good at that boy, even though the Gustav could tell what you hear after that bite ..
    Thanks!

    By: MRL

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