Domingo em família nunca foi um dos meus programas prediletos, mas como tudo na vida pode tornar-se ainda pior, um domingo em família para conhecer o namoradinho novo da irmã mais velha era um porre ainda maior.
Eu tinha 15 anos na época, mas me recordo como e fosse hoje. Sabrina, minha irmã, andava de um lado para o outro da casa revezando-se entre ajustar suas roupas coladas ao corpo e fazer recomendações para que meus pais tratassem bem o tal de Sergio. Pelo o que eu havia escutado pelos corredores de casa, o cara era um perfeito playboyzinho, não trabalhava e se dedicava em tempo integral a faculdade de medicina, onde torrava a grana da família com baladas, churrascos acadêmicos e clubes esportivos. Eu não via a hora de toda aquela baboseira acabar, mas fui obrigado a esperá-lo junto ao resto da família.
Pontualidade pelo menos era uma qualidade de cara, às sete da noite em ponto a campainha tocou e Sabina disparou em direção à porta. Estávamos todos sentados no sofá quando a distancia vislumbrei meu cunhado na entrada da casa, segurando flores nas mãos e exibindo um belo conjunto de dentes perfeitamente brancos e alinhados. Naquele momento, meu domingo em família ganhou uma tonalidade diferente e senti dentro de mim algo estranho, que só fui capaz de distinguir alguns minutos depois.
Os cabelos castanhos claros, estilo moicano tornavam aquele rosto ainda mais perfeito do que já era. O pescoço era grosso com pequenos pontos de barba mal feita e o peitoral apertado na camiseta branca, deixando salientar a ponta dos mamilos do cara me deixaram por alguns segundos com o olhar fixo. Mal notei quando Sérgio entrou, beijou minha mãe no rosto e com alguns tapinhas nas costas cumprimentou meu pai. Levantei-me tímido do sofá e apertei sua mão. Era um toque firme, suas mãos eram grossas, provavelmente como conseqüência de muitos levantamentos de peso na academia.
Observei discretamente os bíceps do cara se contraírem enquanto ele balançava o braço ao me cumprimentar, até vê-lo ser raptado pela minha irmã e empurrado no sofá. Meus pais foram até a cozinha terminar de arrumar a mesa, enquanto eu fiz o papel de vela na sala. Os dois pareciam ignorar minha presença, beijavam-se de forma descontrolada, Sabrina sentada no colo do rapaz, erguia sua camiseta acariciando uma bela barriga trincada sem cessar os beijos. Aquilo me enlouqueceu.
Para minha sorte, ou talvez azar, meus pais retornaram a sala antes que os dois acabassem nus rolando pelo carpete. Serviu-se o jantar, mas a tortura não foi interrompida. As carícias e os beijos de Sergio eram contínuos, o playboy era um cavalheiro, romântico, lindo e o melhor, parecia ter muita pegada.
Reconheci naquele momento o que eu estava sentindo. Aquilo que eu sentia desde o momento em que pus meus olhos sobre Sergio era desejo e o pior, eu estava com inveja. Inveja de minha própria irmã por ter em seus braços aquele homem que meu corpo pedia desesperadamente para tocar.
Retirei-me da mesa cedo demais. Fui para meu quarto e ali fantasiei. Olhando para o teto enxerguei meu cunhado sorrindo e se despindo. Meu coração se acelerava à medida que a inveja e o desejo progrediam. Horas se passaram e eu, quase adormecido fui atender aporta do meu quarto, a qual alguém chamava por meu nome.
Sergio segurava algumas almofadas do sofá da sala e com olhar terno se dirigiu a mim:
-Brotherzinho, acabei me esquecendo da hora, perdi o ultimo ônibus e vai ser difícil encontrar algum táxi há essa hora, sua mãe disse que eu podia dormir aqui com você. Tem algum problema? Você tem um colchão extra aí não tem?
Fiquei imóvel, era bom demais para que eu pudesse acreditar que aquilo era verdade. De qualquer forma tentei parecer natural, sorri sem graça e o convidei para entrar. Trocamos uma meia dúzia de palavras, mas eu estava nervoso demais para manter uma conversa decente e ele logo desistiu. Ajeitamos juntos o colchão logo a baixo da minha cama e com outro sorriso carinhoso, recebi um desejo de boa noite do cara e assisti a cena mais linda que eu havia assistido até então.
Sergio era muito forte, despiu-se de sua camiseta e deixou totalmente a mostra a barriga que vi minha irmã acariciar algumas horas atrás, bem como o tórax definido que observei espremido na camiseta justa. Era mais irresistível do que eu havia imaginado.
Seus mamilos eram pequenos e delicados, de uma tonalidade escura que contrastava com sua pele alva. Seu corpo era liso e provido de detalhes que não escaparam aos meus olhos. Tentei esconder que o encarava, mas foi impossível, observei cautelosamente cada curva formada no corpo daquele homem pelos inúmeros músculos e perdi meu autocontrole. Meu êxtase aumentou quando Sergio despiu-se da calça, suas coxas eram enormes e assim como todo o resto do corpo, revestidas por músculos alongados e viris, alguns pelos cobriam-na e a deixavam com um charme ainda maior, a cueca branca estilo boxer não ocultava os detalhes mais íntimos do corpo do cara. Pude perceber o contorno perfeito do seu pênis espremido na cueca, junto aos testículos, que pelo volume pareciam ser bem grandes. Apenas a luz da minha escrivaninha estava acesa, talvez esse fosse o motivo pelo qual meu cunhado não disse nada quando me viu secá-lo sem pudor. A iluminação insuficiente deve ter feito com que fosse imperceptível a expressão de desejo em minha face. Agradeci por isso.
Observei-o sem interrupções, o vi deitar no colchão, com as costas largas voltadas na direção da minha cama e suas nádegas perfeitamente redondas completando a visão divina, notei também quando seus suspiros tornaram-se mais intensos e ele caiu no sono. Não conseguiria dormir se não cedesse aos meus desejos, recordei-me das cenas de carinho e desejo implícito entre o cara que dormia seminu bem na minha frente com minha irmã, recordei-me da inveja que me dominou, e fui impulsionado a seguir meus instintos.
Desci sem medo de minha cama e o toquei sutilmente com medo de acordá-lo, mas satisfeito em sentir o calor daquela pele em minhas mãos. Estava sentado no colchão olhando diretamente para aqueles músculos da barriga, segui-os com os olhos até encontrar com uma cueca bem preenchida e senti-me ainda mais fraco. Estava cometendo a maior loucura da minha vida, tocando o peito do namorado da minha irmã, na minha própria casa, com toda a família presente em seus respectivos quartos e ainda pro cima desejava ser ainda mais ousado, queria segurar no volume escondido por aquele pedaço de pano. Ou pior, queria tira-lo, deixar meu próprio cunhado nu e tocá-lo sem receio. Foi ai que percebi uma coisa que acabei levando comigo por toda minha vida, quando você está dominado por um dos sete pecados capitais, a loucura vem de imediato como brinde e você torna-se totalmente vulnerável ao poder de ambos. Insensato ou não, imoral ou não, louco ou não, tudo o que me importava naquele momento era o homem que dormia tranqüilo em meu quarto. Deslizei minhas mãos carinhosamente do peito até a barriga, aumentando progressivamente a pressão dos meus dedos, que antes temiam acordá-lo e alcancei o objeto de desejo dos meus olhos e de todo meu corpo.
Foi incrível a sensação de tocar no órgão mais intimo de outro homem, o calor era intenso, a maciez era incrível, percorri com os dedos os contornos explícitos sobre a cueca e notei uma súbita mudança de estado do que estava ali dentro. Levantei-me rapidamente atordoado e com medo das conseqüências que estariam prestes a vir. Não sei se o cara havia acabado de acordar ou se há muito fingia dormir, mas os belos olhos de meu cunhado destacaram-se na escuridão do quarto. O cara sentou-se no colchão e sorriu de uma forma sacana. Minha pequena experiência de vida, nunca havia me colocado frente a frente com um sorriso tão pervertido como aquele. Meu coração acelerou-se e entrei em pânico. Precisava pensar rápido, dizer algo plausível antes que todos os meus segredos acabassem jogados em cima da mesa para frustração e comentários de toda a família, da pior forma possível.
- Cara desculpa, eu não sei o que deu em mim, eu só estava curioso... Eu...eu... – Tentava me justificar, mas nada surgia em minha mente, observava a expressão intacta de Sergio, que parecia estar se divertindo com toda a situação e aquilo fez aumentar meu temor. Toda a adrenalina gerada pelo fato de estar cometendo um pecado evadiu-se junto com a minha coragem súbita.
Sergio tocou meu lábios com o dedo indicador, fazendo o sinal de silencio, e nem por um segundo deixou de sorrir. Aquilo não me acalmou nem um pouco e eu continuei tentando buscar por meios de me explicar.
- Para ser sincero, eu só queria ver, eu tenho muito medo de não ter um “menino” normal, eu queria ver como era o tamanho do de um cara mais velho como você, é só isso... Você deve estar imaginado muitas coisas sobre mim, mas é sério cara. Juro que era só isso o que eu queria fazer! Por favor, me entenda, não conta para a Sabrina, não conta para os meus pais... – Comecei a corar e senti algumas lágrimas se acumularem no canto dos meus olhos.
Meu cunhado continuou em silencio e pareceu incomodado com meu falatório, aproximou-se ainda mais de mim e tomou minha mão com a sua. Colocou-a de volta onde estava minutos antes de toda aquela confusão e sussurrou em meu ouvido, causando-me arrepios intensos e me enchendo de entusiasmo:
- Deixa de paranóia cunhadinho, eu sei o que você quer, e eu posso te afirmar que eu também quero muito isso, continua de onde parou, continua com seu carinho, ele estava me proporcionando os sonhos mais incríveis que você pode imaginar.
Aquela frase proferida de forma abafada rente ao meu ouvido foi mais do que uma bandeira branca. O medo deu lugar ao desejo novamente e o abracei. Como um bom menino, o obedeci e deslizei minhas mãos no mesmo lugar onde ele as abandonou, dessa vez sem qualquer tipo de receio, enfiei dedo por dedo na borda da pequena peça de roupa e senti a pele ainda mais quente. Aprofundei a mão e o alcancei, nessa hora obviamente, não mais tão macio e sim firme, o membro pulsava demonstrando fisicamente o que eu provoquei no estado psicológico daquele homem. Fiquei tão tocado quanto Sérgio automaticamente.
Puxei toda a cueca e pude velo com detalhes frente a frente comigo, separados apenas por centímetros, pude inalar o leve aroma masculino que se dispersava dele. Era como se fosse um convite para que eu me aproximasse ainda mais. Olhei para Sergio com incerteza, para poder garantir que o desejo do seu corpo era também o desejo de sua mente, e com um sorriso e um aceno de cabeça o homem deixou claro suas vontades, me permitindo concluir que sim. Ao passo que me aproximava o perfume aumentava e era ainda mais tentador, fui incapaz de resistir, encostei-o em meu rosto, para senti-lo próximo, ardente e tentador. A sensação era nova, porém parecia que eu estava familiarizado com tudo aquilo, acariciei-o com a pele do meu rosto por vários minutos, sem deixar de procurar periodicamente o olhar do meu cunhado, onde durante todo o tempo eu encontrei malicia, satisfação e muitas coisas ocultas as quais fui incapaz de desvendar.
Liberei-me totalmente e me deixei levar somente pelo desejo, esquecendo tudo, beijei o pênis de Sérgio como se estivesse provando um novo sabor de sorvete, pelo qual me apaixonei instantaneamente. Percebendo a reação do cara, não hesitei e permiti que meus lábios e minha língua fossem os instrumentos da satisfação total de Sérgio. E assim foi, à medida que recebia o afago do meu cunhado em meus cabelos, ouvindo como fundo gemidos abafados, reprimidos, mas intensos, reconheci o poder que eu mesmo tinha. Eu era capaz de muita coisa, um leque de possibilidades e fantasias abriu-se em minha mente.
Sem entender muito, vi Sergio afastar meu rosto. O cara deitou-me sobre o colchão, retirando a camiseta do pijama que eu vestia, acariciou meu peito suavemente e baixando a parte inferior de seu corpo junto ao meu, deixou que toda sua excitação se tornasse visível. Olhei para meu próprio corpo e mal pude acreditar no que havia acabado de acontecer, me sentia confuso, mas o prazer era tanto que não pude pensar em nada. Sérgio deitou-se ao meu lado ainda nu, acariciou novamente minha barriga, agora estampada com a concretização do seu desejo, e brincou.
Tê-lo ao meu lado era indescritível. Meu cunhado foi muito carinhoso, mesmo com suas mãos firmes, tocou-me me suavemente por dentro da cueca. Eu era fraco, talvez muito novo, aquela situação toda era boa demais para mim, nova de mais para mim, por isso em segundos deixei com que o que eu sentia também se revelasse aos olhos de Sérgio. Vi a alegria nos olhos daquele homem, pareceu que assim como eu, Sergio havia desejado aquele momento.
Recebi por mais alguns minutos cafuné e carinho em todo o corpo. O cara tinha um certo cuidado de pai comigo, parecia preocupado com o que eu estava sentindo, com a minha satisfação. E foi assim que com os dedos de Sérgio acariciando meu rosto adormeci.
O dia seguinte foi frustrante. Acordei e me vi só no quarto, o colchão extra guardado em seu devido lugar e eu estava completamente vestido e sem a companhia dele ali. Foi constrangedor enfrentar minha irmã logo no café da manhã, meu silencio predominou durante todo o dia, e assim foi por um bom tempo. Relembrei por muito tempo aquilo que vivenciei, e recordei muitas vezes como foi intenso o poder da inveja em meu intimo. O pecado que antes eu julgava indevido, proporcionou-me pela primeira vez uma amostra do que era sentir-se desejado.
Infelizmente, Sabrina acabou espantando Sérgio antes que pudéssemos nos reencontrar e com ele eu pudesse experimentar novas sensações. O namoro acabou dias depois daquela visita. Minha irmã surtou depois de encontrar mensagens de uma ex-namorada de Sérgio, um tanto quanto indiscretas em seu celular e decidiu acabar com tudo. Nunca mais o vi.
Aguardem: próximo conto dá série PREGUIÇA

