DEGUSTE O SABOR DAS PALAVRAS, SINTA-AS E DEIXE QUE ELAS O ENVOLVAM!

Sejam bem-vindos ao meu blog galera. Aqui divido com vocês um pouco da minha imaginaçãoa através dos meus textos.
As palavras podem provocar sensaçãoe sindiscritivies e ão prazerosas quanto o prazer fisico, e aqui,, tento mostrar que não preciso usar linguagem baixa para que isso ocorra!

Espero que divirtam-se e voltem sempre.

Abraços.

Mr. G

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Avareza - Parte I


Uma das histórias mais ousadas em que me meti, aconteceu semanas depois de conhecer o cara do ônibus. Eu ainda estava revivendo mentalmente os momentos que vivi  na casa do loirão, mas não pude deixar  de olhar para outros caras e muito menos de desejá-los. Por outro lado o que me deixava mais  satisfeito era o fato de a crescente população dos meus admiradores, continuar evoluindo rapidamente e cada vez mais os olhares vinham de onde eu menos esperava.
Um grupo especial de caras chamava minha atenção e estimulava minhas fantasias com uma certa freqüência. Toda semana os caras do bairro se reuniam para jogar futebol em uma quadra próxima a minha casa, o grupo era bem diversificado e para minha alegria, a rapaziada na maioria do tempo jogava sem camisa, exibindo toda a vitalidade e virilidade juvenil que esbanjavam. Sempre por volta das cinco da tarde, depois de voltar da escola, eu costumava passar em frente, quando ia até a padaria para minha mãe. Deleitava-me olhando de longe aqueles corpos em sua maioria atléticos, quase sempre com barriga de tanquinho, variando apenas  características como a altura, a tonalidade da pele e o índice de músculos presentes. Sentia-me penalizado apenas pelo fato de não ter habilidade suficiente para participar das peladas, e poder olhar aquilo mais de perto, sentir aqueles corpos em uma marcação intensa sobre mim. Também me sentia consternado, por não ter tempo de criar uma amizade mínima com aqueles caras, já que a maior parte do tempo, eu ficava fora de casa estudando ou no centro da cidade na casa de algum colega da escola, mas apesar disso me contentava em apreciá-los a distância. Toda sexta diminuía meus passos em frente ao campo, para poder olhá-los discretamente e me imaginar ali, colado ao corpo de cada um deles.
Foi em uma dessas sextas que um dos caras chutou a bola numa bicuda tão forte que acabou caindo do meu lado na rua enquanto eu andava. Quando me dei conta, percebi que quem tinha chutado era Max, um dos caras mais malhadinhos, bronzeado de tanto andar sem camisa pela rua praticamente o dia todo, com um sorriso tão perfeito quanto o do meu ex cunhado Sérgio, mas o que o diferenciava era o ar de criança sapeca que ficava estampado na expressão dele 24 horas ininterruptas. Eu havia ouvido falar que os pais dele eram ambos advogados, mas nunca cheguei a vê-los pelo bairro. Max morava com os  avós, em uma casa bem requintada, e esbanjava dinheiro sem peso na consciência, enquanto eu contava  cada moedinha que sobrava da minha mesada para conseguir comprar alguma coisa que eu queria. Fiquei meio sem saber o que fazer quando a bola veio na minha direção, mas não precisei raciocinar para tomar nenhuma atitude, por que Max foi mais rápido e de longe gritou comigo:
- Ei carinha, joga a bola ai, por favor. – sua voz era rouca e grossa.
Perdi-me em meus pensamentos por alguns segundos, quando olhei diretamente para o cara, mais precisamente para seu tórax suado, onde mesmo de longe, pude ver pequenas gotas de suor escorrerem até a barriga malhada alcançando o umbigo. Detive-me mais ainda nos pelos úmidos que ali se destacavam e davam ao seu corpo a impressão de um pouco mais de maturidade em relação aos outros garotos. Agi rápido porém, para não dar pinta, peguei a bola com as mãos e lancei na direção da quadra. Tive medo de não ter arremessado com força suficiente e depois o pessoal ficar me zuando, mas felizmente acertei a mira e a força, a bola bateu em cheio no peito de outro dos garotos, dessa vez um branquinho, cujo corpo apesar de não superar o de Max, também não deixava espaço para críticas. Pensei que ninguém nem fosse agradecer, mas me enganei. Mas uma vez Max se dirigiu a mim:
-  Valeu brother!
- Que nada cara...
Achei estranho que Max ficou me secando por um bom tempo enquanto continuei a andar, a rapaziada já tinha retomado o jogo, mas pude perceber com o canto do olho, que ele tinha ficado meio que de lado na quadra com os olhos me acompanhando caminhar. Temi que estivesse alimentando esperanças demais, mas no fundo eu queria acreditar que ele estava olhando para mim. Não sabia dizer o porquê, mas caras do estilo dele e do de Lucas mexiam demais comigo, muito mais que os caras mais maduros, talvez fosse exatamente o jeito levado que ambos deixavam implícito que me instigava. Segui meu rumo até a padaria e  não demorei a retornar pelo mesmo caminho. Os caras já tinham parado de jogar quando encontrei metade do grupo em frente a quadra, indo na direção oposta a qual eu estava indo, procurei Max, mas foi em vão, o cara morava do mesmo lado que eu no bairro, e com certeza já devia ter voltado para casa. Bem ou mal, pude olhar outros carinhas mais de perto, tive que me controlar ao extremo, quando um deles, negro, trajando apenas um short de futebol um tanto quanto pequeno para a sua estatura, começou a ajeitar o pênis na cueca enquanto andava, o volume ficou praticamente contornado enquanto ele ajeitava e aquilo me deixou a beira de fazer algo que não devia. Felizmente o tempo em que o cara ficou no meu campo de visão foi muito curto e eu retornei para casa sem deixar que todos percebessem meus desejos. Quando abri o portão para entrar, pude ver ao longe, Max dobrando a esquina em direção a rua em que morava, pensei tê-lo visto olhar para trás como se estivesse procurando alguém, mas mais uma vez preferi aceitar que aquilo era apenas uma impressão para não me iludir demais.
A semana passou e eu como sempre ocupado, mal reparei o tempo passar. Encontrei Max no ponto de ônibus certa vez, trocamos alguns olhares um tanto quanto duvidosos ao ponto de vista hetero, nos cumprimentamos, mas não passou disso. E na sexta seguinte, para minha felicidade, cheguei atrasado e não encontrei a galera jogando futebol. Está se perguntando por que fiquei feliz com isso? Simples meu caro leitor, não encontrei ninguém na quadra, mas Max estava ali, me esperando, na esquina da padaria, sentado na calçada. E o melhor vem vocês nem imaginam! Foi a forma como fui abordado.


Aguardem pela continuação do conto e descubram o que aconteceu....

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Aviso!

Para a galera que curte o blog, semana que vem eu vou publicar o conto da Avareza! Fiquem ligados...

Mr. G

domingo, 20 de março de 2011

Vaidade


Quando eu digo a vocês que a vida é capaz de nos surpreender dia a dia, podem ter certeza que não estou sendo exagerado. Bastaram poucos meses para que eu passasse da figura do adolescente rejeitado e sofredor, que não era capaz de conquistar alguém que o amasse de verdade, para o garoto pervertido que aos poucos aprendeu a valorizar-se e conquistar a própria satisfação desligando-se cada vez mais do medo e receio de viver e experimentar coisas novas. Esse novo sentimento que passou a definir parte de minha nova personalidade, foi o principal responsável pela minha ressurreição para a vida, voltei a sorrir e onde quer que eu passava, deixava que meu ego irradiasse sobre as pessoas ao redor, afetando-as indiretamente. Não sei bem ao certo o motivo, mas sei que essa mudança atraiu para mim muito mais do que pensamentos positivos, os olhares alheios, tornaram-se cada vez mais freqüentes em minha direção. Na sua maior parte eram as garotas, por onde eu passava nos corredores da escola, notava meia dúzia de meninas me olhando com o rabo do olho, olhares  discretos, mas que as denunciavam.  O mesmo interesse implícito na olhadela discreta do publico feminino era perceptível algumas vezes vindo de alguns colegas, que assim como Lucas escondiam atrás da pinta de machão um desejo reprimido pelo mesmo sexo.
Eu admito que minha auto-estima passou a um nível um tanto quanto exagerado, preocupava-me cada vez mais com minha aparência, sempre querendo mais e mais olhares voltados a mim.  Minha mesada curta passou a ser investida em roupas que valorizassem meu corpo magro, mas com formas bem definidas. Usava camisetas não muito largas, que se ajustavam ao meu tórax, a parte do meu corpo que sempre me agradou, por suas formas simétricas e desenhadas, procurava sempre andar perfumado onde quer que fosse, e meus cabelos sempre arrepiados com gel ou algum creme especifico. Fui tomado totalmente pela vaidade e não via meios de afastá-la de mim, minha personalidade fundiu-se a mais um dos sete pecados capitais, sem a menor chance de difundir-se.
Comprovei a eficiência de todos os meus cuidados com a aparência, quando em certa tarde, deixei a escola e peguei um ônibus em direção a minha casa. Como de costume a lotação estava cheia, eram pessoas de diversas idades e tipos aglomeradas em alguns poucos metros quadrados. Os mais sortudos sentados nos assentos viajavam na mais tranqüila paz, apesar do calor sufocante do ambiente, enquanto os últimos passageiros a tomarem o ônibus, assim como eu, eram obrigados a se espremerem no corredor estreito do carro. O contato físico e o popular calor humano típico dos transportes públicos era inevitável, vira e meche recebia uma encoxada de algum passageiro que tentava passar pela multidão a fim de descer. Percebi a entrada de um passageiro um tanto quanto interessante, um ponto posterior ao da escola. Apesar de muitas cabeças e ombros taparem minha visão, era impossível ignorar o rosto jovial recoberto por uma barba rala e aloirada, assim como os cabelos do cara. Percebi que os olhos eram claros, mas quando estava prestes a identificar a cor exata, um senhor trajando terno e gravata, cujo paletó apertava a barriga sobressalente, levantou-se para ceder lugar a uma senhora que havia tomado o ônibus no mesmo momento. Ao invés de jovialidade, passei a ver apenas a cabeça redonda e careca do individuo. Aquilo me incomodou, mas não me abalei, pois não tinha motivo algum para me inconformar. O cara era um estranho, e agora eu tinha todas as possibilidades em minha mão, mais cedo ou mais tarde, surgiriam novas opções para minha imatura coleção de aventuras sexuais. Minha vaidade era meu certificado de garantia de que isso aconteceria em breve, se não fosse com o loirinho barbudinho, alguém mais interessante e bonito se encantaria comigo e me levaria para cama. Assustei-me quando me peguei pensando em fazer sexo com o estranho que vi pela primeira vez no ônibus, definitivamente os últimos acontecimentos tinha me mudado e muito.  Uma freada brusca do motorista bem  próximo a uma lombada, fez com que metade dos passageiros se deslocassem para cima da pessoa que estivesse mais próxima, felizmente eu por estar com as duas mãos bem posicionadas nos apoios de segurança, consegui manter-me no mesmo ponto quem que estava, mas o cara barrigudo não teve a mesma sorte, e a moça que estava em pé ao lado dele, menos ainda. Por pouco o homem não despencou em cima da garota, que contorcida, não reclamou. Em meio a toda a confusão na “sauna urbana” perdi de vista o loirinho. Virei o rosto o máximo que pude e não o vi.
A voz rouca proferida rente aos meus ouvidos chamou minha atenção, o cara estava ali do meu lado procurando por algum caminho onde pudesse se deslocar:
- Licença, por favor, cara.
Olhei-o diretamente nos olhos e vi algo estranho naquele olhar, recordei-me do olhar de Sergio naquela noite me meu quarto e de Lucas quando me avistava no corredor da escola. A expressão séria não era o suficiente para apagar o interesse dele em mim, mas por outro lado foi suficiente para me encorajar a olhá-lo da mesma forma, olhos nos olhos. A iluminação natural do sol que entrava pela janela, fazia com que os pelos da barba tornassem-se dourados e mais charmosos. Os lábios finos e de um tom rosado bem forte me encantaram, e os olhos me trouxeram a sensação de estar mergulhando em um rio cristalino. Concentrei-me por algum tempo para deixar algum espaço por onde ele pudesse passar. Encolhi-me o máximo que pude e mesmo assim o contato foi inevitável. Senti que propositalmente o cara demorou-se atrás de mim, passando lentamente seu corpo rente ao meu, tornando possível que eu sentisse em minhas nádegas o volume de sua calça ainda em repouso. Arrepiei-me e fiquei ainda mais atraído pelo cara.
Pensei que ele fosse continuar andando até o final do corredor, mas parou em pé logo ao meu lado. Depois de mais algumas barbeiragens do motorista do ônibus, o cara novamente quebrou o gelo que pairava sobre nós, fazendo que os olhares que ambos lançavam um ao outro com descrição e desejo dessem lugar a palavras.
- Que calor. A pior coisa do mundo é pegar ônibus lotado no verão, ainda mais no horário de pico.
- Verdade. – respondi ainda sem jeito e procurando em minha cabeça algo a mais para dizer. – O pior é o pessoal que acaba de sair do trabalho, cansado e não acha luar para sentar.
Ele se curvou aproximando os lábios do meu ouvido, mas sem chamar a atenção dos outros passageiros.
- Para ser sincero cara, eu acho que o pior é o cheiro dessas pessoas que saem do trabalho! O que tem de gente fedida nesse ônibus é um absurdo.
Eu sabia que ele estava completamente correto quanto a isso e por isso ri um pouco escancarado, acabei parecendo mais bem- humorado do que pretendia e chamei a atenção das pessoas que estavam sentadas nos bancos mais próximos logo à baixo de mim e do cara. Respondi a ele com a voz em tom baixo para que ninguém mais pudesse ouvir:
- Cuidado cara, se alguém ouve isso aqui dentro é capaz de você ser linchado. – sorri delicadamente para o cara.
- Nem me fale! Mas pelo menos tem alguns passageiros que salvam. Seu perfume é muito cheiroso.
Estava me habituando a receber elogios, mas não pude evitar e corei no exato momento em que o ouvi concluir a frase. Respondi novamente mais uma vez com um sorriso, mas dessa vez um sorriso tímido e envergonhado. Quando estava prestes a puxar algum assunto bobo para tentar continuar mantendo a atenção do cara, fui interrompido pro ele.
- Ei amigão, meu ponto é o próximo. Espero te ver mais vezes por aqui, você muda um pouco a aparência decadente do ônibus.
Fiquei chocado, o cara me cantou na cara dura, em um ônibus lotado sem mesmo me conhecer direito. Não tive tempo de reagir, só pude vê-lo novamente quando estava do lado de fora do ônibus, esperando para me ver pela janela. Nossos olhares se cruzaram mis uma vez da mesma forma que ocorreu dentro do veiculo, cheio de desejo. O motorista começou a andar, e por impulso o impedi gritando no meio do ônibus:
- Ei motorista, espera um pouco, vou descer aqui também!
Percebi algumas reclamações dos outros passageiros, criticando minha demora para descer e por ter perdido o ponto, mas para minha sorte o motorista não se queixou e parou o ônibus novamente. Desci um pouco desesperado e felizmente ele ainda estava ali, parecia que ele sabia que eu faria isso, que eu iria atrás dele. Sorriu para mim, mostrando todos os dentes e contraindo os músculos da bochecha junto com a barba. Ali percebi que ele era magro, mas que tinha braços fortes e que revestidos por pelos finos e loiros como seus cabelos. Percebi o tom de ironia quando ele tornou a falar comigo, mas ignorei, porque sabia que o que ele realmente queria era estar comigo, da mesma forma que eu o queria.
- Esqueceu onde mora foi?
Respirei fundo e tomei coragem:
- Não só esqueci-me de dizer que estou doido para te beijar.
Ele riu e eu entrei em pânico,, e se ele não estivesse interessado em mim, e se eu tivesse interpretado errado as palavras dele, seus olhares. Estaria me expondo demais pela primeira vez. Arrependi-me  e por pouco não sai correndo atrás do ônibus feito um retardado.
- Que bom que eu não sou o único gamado por aqui. Achei que um carinha lindo, bem arrumado, todo estiloso como você nunca ia me dar bola. Duvidei que fosse corresponder minhas cantadinhas furadas de ônibus.
Corei ainda mais, por mais direto que eu tenha sido em minha abordagem, não esperava uma resposta tão objetiva. Felizmente não havia me enganado, realmente o cara estava interessado em mim, e isso já era um bom começo, só que eu não sabia exatamente para o que. Não sabia o que dizer, tive vontade de agir, mas achei que seria exageradamente precipitado da minha parte. Observei o chão por algum momento, algumas bitucas de cigarro entupiam as guias da calçada e a água que jorrava descontroladamente da mangueira de uma senhora, que se ocupava lavando a calçada em frente a sua casa, bem como a dos vizinhos mais próximos, formava uma poça no ponto mais baixo do asfalto gasto, próximo a onde estava. Percebendo meu constrangimento, o loirão tentou ser engraçado e despachar de vez minha timidez:
- Perdeu o ponto, e agora perdeu a memória também? Ou só esqueceu como falar? Ah...já entendi tudo! Perdeu foi a coragem! Fica assim não gatinho, já saquei tudo já.
Ergui minha cabeça e o olhei novamente, ele era bem alto, e me sentia um anão próximo a ele.
- É talvez você esteja cert....
Antes que pudesse completar a frase, uma bicicleta, conduzida por um dos caras do colégio passou em alta velocidade rente a guia da calçada e acertou em cheio a poça formada pela água desperdiçada pela senhorinha. Tomei um pequeno banho forçado em plena a rua de um bairro que eu pouco conhecia. Minha camisa ficou ensopada grudando o tecido sobre meu peito e alguns respingos molharam minha calça. Virei-me para identificar o trombadinha e insultá-lo, mas o imbecil estava correndo tanto que estava longe demais quando tentei enxergá-lo. Senti uma mão delicada tocando meus braços, era o loiro verificando meu estado:
- Ei, tudo bem? Cara você vai precisar de uma camisa seca para ir embora, assim vai fica meio difícil hein!
- Filho da mãe! Se eu descobrir quem é o desgraçado eu juro que  esgano!
- Relaxa, não compensa se estressar por pouco. Vamos fazer assim, vamos até minha casa, lá eu te empresto uma camisa seca, você senta um pouco, toma um refrigerante, se acalma e depois se quiser vai embora.
- Tá doido? Você confia em todo estranho que conhece no ônibus assim, a ponto de levar ele para sua casa?
- Humm, acho que você está certo, esqueci de uma coisa. Olá, meu nome é Denis, tenho 23 anos, sou universitário e ficaria muito grato se você se apresentasse.
Denis estendeu a mão em minha direção e demorei alguns segundos até me decidir em apertá-la.
´- Prazer em conhecê-lo. Sou Gustavo aluno do ensino regular, com 17 anos de idade e muito interessado num estranho que acabei de conhecer na rua e já quer me levara para a casa dele.
- O prazer é todo meu, e acho que para sua sorte, esse estranho barbudo e feio está muito interessado em você também e a casa dele fica logo ali. – Denis apontou para a quinta casa depois da velhinha com a mangueira e soltou minha mão, saiu caminhando em minha frente, sem olhar para trás, confiante que eu estava o seguindo. Foi o que fiz.
Mal dei trinta passos e já estava aguardando Denis abrir a porta da frente de sal casa. A fachada da casa era modesta, mas bem conservada, assim como o proprietário, que apesar da barba parecia apenas um garoto desenvolvido. Enquanto esperava esticava a camiseta molhada que já começava a me incomodar e sentia o perfume forte do cara. Entramos na casa e me dei conta de que poderiamos estar acompanhados.
- Seus pais saíram?
- Meus pais estão bem longe daqui, moro sozinho, vim para cá por causa da faculdade. Tira a camisa gatinho e me dá, vou pendurar ela no varal. – Denis estendeu a mão direita.
Observando a modéstia mobília da casa e a organização incrível para um jovem que mora sozinho, retirei minha camisa. Alisei meu peito úmido com minhas mãos e com a camisa encharcada tentei secá-lo. Aquele homem tomou-a de minhas mãos sem pedir e saiu por uma porta ao fundo da pequena casa.
- Já te trago uma toalha, senta ai e fica a vontade.
O sofá duplo era o único lugar onde eu podia me sentar, e tinha o mesmo perfume que senti exalando de Denis. Fui dominado por um fogo e decidi o que queria naquela hora. Coloquei minha mão dentro da calça e toquei meu pênis sobre a cueca, estirei minhas pernas sobre o braço do sofá e o esperei de olhos fechados. Ouvi os passos se aproximando. Mas o melhor veio segundo depois quando senti. Denis me secava com uma toalha e com a outra mão contornava meu corpo, mantive os olhos fechados e curti o momento. Quando finalmente decidi abri-los, a toalha estava jogada no carpete e Denis beijava meu peito, arrepiando - me dos pés a cabeça. Aquele homem passava a língua contornando meu mamilo direito e o deixando arrebitado, sua mão tocou o volume em minhas calças, e nossas mãos ficaram sobrepostas sobre meu pênis, separadas apenas pelo tecido de minha calça. Contorci-me involuntariamente. Denis tirou a camisa e revelou seu tórax. Como imaginei, não era malhado, mas era revestido de pelos aloirados no peito e na barriga. A tonalidade fazia com que os pelos parecessem brilhar mesmo na ausência de luz. E eu desejei senti-los tocando o meu corpo. Puxei em minha direção e ele deitou-se sobre meu corpo, com a mão em sua nuca e o beijei. Entrei em transe ao sentir aquela barba roçando sobre minha pele, com certeza era uma das sensações mais gostosas que eu havia vivido até então. O arrepio aumentou quando constatei seu corpo grudado no meu e os pelos aloirados movimentando-se junto com aquele corpo sobre o meu.
Denis puxou minha mão de dentro da minha calça e despiu-se da sua.
- Ficou quente por aqui, acho que você poderia ficar mais a vontade se quisesse.
Sem hesitar, levantei-me do sofá e me despi, mas não parei na calça, fiquei totalmente nu, excitado, frente a frente com aquele homem lindo e que me levou a novas descobertas. Ele caminhou em minha direção e tocou meu pênis, o apertou e percebi que seu próprio membro se movimentou por baixo da cueca. Segurei-o também e deixei-o nu. Ficamos ali em pé e pelados e não demorou até que nos abraçássemos com vontade, ele me segurou com muita força e senti cada parte do seu corpo misturada a do meu, seu pênis muito maior que do que os outros com que tive contato, era coberto por mais daqueles  pelos aloirados que vi em seu peito,p orem mais espessos e roçava no meu, aumentando a sensação de prazer de ambos. Permiti que ele me levantasse e encaixei minhas pernas em volta de sua cintura. Denis jogou-me delicadamente no sofá e me virou. Apoiei minha cabeça no encosto do sofá e senti  a sutileza das mãos do cara tocando minhas nádegas. Não tardou até que eu pudesse senti-lo me tomando com os dedos. Senti-me preenchido e desejado mais uma vez e não evitei um suspiro profundo.
Por alguns minutos ficamos ali, eu agachado apoiado no sofá e Denis ajoelhado no chão me tocando e mexendo freneticamente os dedos dentro de mim, beijando e mordiscando minhas nádegas simultaneamente. Apesar do prazer, o que eu queria era mais do que aquilo, levantei-me e pedi que ele se sentasse no sofá.
Percorri o caminho que seus pelos faziam em seu tórax até o pênis lentamente, ora parando em certos pontos e puxando alguns pelinhos e beijando-os e sentei-me sobre seu colo. Pressione meu bum- bum sobre o pênis do cara e me senti em brasa. Foi mordendo seu queixo barbado que coloquei seu membro lentamente dentro de mim, a dor era menor do que fora com Lucas, por que ali, eu estava sobre controle, mas o prazer era tão grande quanto. Não sei exatamente o motivo, mas decidi que dessa vez eu tomaria as rédeas.
Descobri-me potente, e criativo. Movimentando-me sobre Denis, sentindo-o vibrante dentro de mim, não cessei os beijos. Puxei os braços daquele homem para trás do sofá e os segurei firme, observava de tempo em tempo a satisfação explicita no rosto dele que aos poucos começou a suar. Ouvi- o dizer coisas absurdas e safadas para mim, que Lucas não ousaria dizer, pelo menos eu creio que não, e aquelas frases pesadas, por mais estranhas que me pareceram me excitavam ainda mais.
Sussurrando em meu ouvido, Denis me interrompeu:
- Gu, é melhor você levantar, eu to surtando já, eu vou gozar.
Não estava pronto para sentir nada a mais naquele dia, e, portanto decidi acatar o pedido do cara e me levantei. Agachei-me no sofá e o masturbei. Minhas mãos revestiram-se com todo o prazer de Denis e eu enlouqueci. Para minha infelicidade, ouvi o toque inconfundível do meu celular vindo do bolso da minha calça. Levantei-me e com a mão limpa o atendi.
- Oi mãe!
Todo o momento de prazer havia sido destruído naquele exato momento, minha mãe estava enlouquecida do outro lado da linha, eu estava atrasado e ela já havia me imaginado assassinado em uma avenida a caminho da escola. Eu sabia que quando ela surtava daquela forma, a única coisa a se fazer era ficar o mais próximo dela e mostrar que eu ainda estava vivo. Infelizmente teria que deixar Denis naquele exato momento.
Expliquei-me em alguns minutos ao cara e me vesti, observei-o nu caminhando até o quarto e retornando com uma camiseta seca nas mãos. Eu a vesti, mas não sabia ao certo como explicaria a minha mãe a origem daquela peça de roupa. Com um beijo apressado e confuso, deixei Denis nu em sua sala e corri em direção ao ponto de ônibus. Felizmente ele havia anotado o numero do meu celular e eu teria a desculpa de retornar para buscar a minha camiseta molhada uma outra vez.
No ônibus fiquei dividido em relembrar os momentos irresponsáveis e intensos que havia acabado de concretizar e em criar hipóteses de mentiras e desculpas para apresentar a minha mãe. A única certeza que eu tinha que mais uma vez, um dos sete pecados capitais, a vaidade, me proporcionou momentos de prazer incríveis e inesquecíveis e que eu estava ansioso pelos próximos capítulos da minha própria história.

Aguardem, próximo conto dá série AVAREZA.



domingo, 13 de março de 2011

De volta a ativa!

Galera tava meio desanimado com o blog, mas percebi que a aceitação tah aumentando e isso me reanimou. Se preparem por que vou continuar a série. A vaidade vem ai no máximo até sexta dessa semana. 


Abraços a todos. Mr.G.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Preguiça


Ser um aluno de escola publica não era uma das coisas pela qual eu mais me orgulhava, os professores em sua maioria eram relapsos e só se importavam com o salário mixuruca que receberiam ao final do mês, a coordenação era fraca e não sabia administrar as verbas disponibilizadas pelo estado, eram incapazes também de controlar os alunos. O cenário físico era tão deplorável quanto toda a situação organizacional da escola, o patrimônio espalhado por todo estabelecimento era coberto por pichações cujos tamanhos variavam das menores escalas, quase imperceptíveis aos olhos, até aos mais exagerados, os quais com certeza não poderiam ser ignorados por qualquer um que os avistassem.
Todos esses fatores tornaram-se gradativamente empecilhos para minha vontade de continuar buscando meu melhor, apesar de sempre ter sido um bom aluno, cansei-me logo.  Esforcei-me em todo o período escolar, sendo sempre o primeiro a fazer, entregar, e algumas vezes até passar cola dos trabalhos requeridos pelos professores. Recordo-me bem, estávamos no final do período letivo e eu prestes há completar 16 anos, quando tudo isso mudou. Uma grande confusão se passava em minha cabeça, o lance que aconteceu com meu ex-cunhado, ainda deixava marcas inapagáveis e me perturbava, não pelo fato de me arrepender do que eu havia feito, mas sim por ter certeza que encontrá-lo novamente seria inviável.
Já tinha ouvido milhares de reclamações dos professores sobre minha mudança súbita de comportamento, mas assim como todo o conteúdo inútil que eles tentavam me passar, eu deixava que as advertências entrassem por um ouvido e saíssem pelo outro com uma velocidade superior a que entraram. Ao contrário do resto da galera, eu não estava nem um pouco preocupado com os resultados que eu iria obter naquele ultimo bimestre, já havia fechado todas as matérias, com exceção de uma única, e não tinha muito que temer.
Assim fui levando os últimos dias na escola, ia as aulas, mas ficava em meu canto dormindo, ou olhando pra um carinha do terceiro ano, que ficava todos os dias no pátio, bem a baixo da janela próxima ao lugar onde eu usualmente me sentava. Cada dia o cara estava paquerando uma garota diferente. Eu não me impressionava que elas se arrastassem e matassem suas aulas para ir atrás dele. O cara era um tremendo gatinho, devia estar próximo de completar 18 anos, mas aparentava minha idade, o que não impedia que ele exalasse um charme tão irresistível quanto os outros caras da sala dele. Não sabia muito sobre ele, ele era ex-namorado de uma das amigas de Sabrina, por isso acabei descobrindo o nome do cara. Era a informação mais pessoal que eu havia conseguido sobre ele, desde que eu havia entrado na escola. Lucas era baixinho, estilo meio marrento, sempre com o boné de lado sob a cabeça, aparelho nos dentes e um físico razoável. Ele era magro, mas mesmo assim tinha um corpo saudável e bem cuidado. Todos os dias chegava ao portão da escola sem camisa e este era o momento do dia que eu mais gostava de vê-lo. Tinha um tanquinho discreto, mas não menos belo e preservava em seu corpo todos os pelos que começavam a nascer. Seu peito começava a ser dividido por uma camada de pelos finos, a mesma que aparecia ao redor de seu umbigo e logo abaixo do seu braço.
Foi num dia desses, quando eu estava entretido assistindo a mais uma vitima do cara ser engabelada, que meu professor de espanhol chamou minha atenção. Quando me dei conta, senti que os olhos de todos na classe haviam se voltado para mim, e que meu professor encarava-me com impaciência e raiva estampada na face.
- Não sabia que a aula estava do lado de fora da sala. – O tom irônico não estava implícito, meu professor fez questão de demonstrá-lo sem medo.
- Desculpa professor, o senhor me perguntou alguma coisa?
- Ah!! Olha só pessoal, o Gustavo quer saber se eu perguntei alguma coisa para ele, alguém poderia responder pro nosso colega aqui? – A ironia não desapareceu.
Não demorou muito até que um braço se levantou na parte da frente da sala. Era Beatriz, uma daquelas nerds chatas que fazem tudo para agradar o professor, ultimamente ela andava muito satisfeita, eu era seu maior e único concorrente e agora mal dava atenção ao que era dito nas aulas. Acabei deixando o mérito todo para ela.
- O professor acabou de te passar um trabalho de recuperação Gustavo. Parece que espanhol não é o seu forte e você vai ter que redigir um texto com no mínimo 10 mil palavras sobre gravidez na adolescência. Em espanhol é claro. – O sorriso não saiu nem por um segundo do rosto da garota.
- Anotou? – fui inquirido pelo meu professor.
- Ta na cabeça! Para quando isso?
- Quinta, e acho bom você caprichar, eu acho que a diretora não vai ficar muito satisfeita em saber que o melhor aluno da escola repetiu em espanhol. Você deve estar ciente de que sua nota depende totalmente disso para você ser aprovado na disciplina não é?
- Estou sim.
Para meu alivio, o sinal anunciando o intervalo, fez com que a sala se esvaziasse em segundos e que todos aqueles olhos que me rondavam como urubus desaparecessem aliviando meu constrangimento. “Pelo menos ninguém sacou para quem eu estava olhando”. Pensei comigo. Recolhi meu material e sai junto com o restante da turma.
A galera que eu costumava andar havia faltado aquele dia e eu me vi totalmente isolado em meio aos outros alunos no pátio. Sentei-me em uma das mesas do refeitório e comecei a pensar. Se havia uma coisa que eu não estava nem um pouco a fim de fazer naquela escola era mais um trabalho chato, ainda mais de espanhol, e com tantas palavras, sempre detestei a disciplina e estava feliz por saber que aquele era o ultimo ano que teria o idioma presente me minha grade curricular. Pensei em ir até a biblioteca pegar algum livro de espanhol para me auxiliar, mas a preguiça tomou conta de mim. A idéia de ir até o laboratório de informática também foi logo suprimida por ela. Não sei o que estava acontecendo comigo, mas eu estava totalmente dominado pela preguiça, pelo menos aos assuntos relacionados aquela escola. Por outro lado não queria e não podia ser reprovado. Meus pais provavelmente cortariam minha mesada e eu ia acabar atrasando meus planos futuros.
A cada minuto mais que eu pensava no que fazer, ou por onde começar o maldito trabalho me sentia menos animado para fazê-lo. Tirei meu caderno da mochila e joguei-o sobre a mesa, tentei começar uma leitura sobre algumas dicas que o professor passou ainda no começo do semestre para utilização do idioma na escrita de textos, mas cansei-me na primeira linha que li. Uma companhia inesperada, porém, fez me esquecer parcialmente a preguiça que me afligia. Lucas  com o sorriso metálico meio forçado pediu licença e sentou-se ao meu lado. Abriu também sua mochila, retirou um livro e começou a resolver alguns exercícios. Logo percebi que era de matemática. O perfume do cara era tão bom quanto sua aparência física, era doce, mas não chegava a ser tão adocicado como perfumes femininos. Observando-o por baixo do braço, fingindo ainda ler meu caderno de espanhol, percebi que ele resolvia com facilidade as equações do livro, e esboçava a cada exercício completo um sorriso. Dei-me conta também que as demais mesas do refeitório estavam praticamente vazias, não havia motivo algum para Lucas ser obrigado a dividir a mesa comigo, e muito menos sentar-se ao meu lado, tão próximo. Minha cabecinha fértil começou a imaginar inúmeras coisas quase de súbito.
O cara me deu mais motivos para que eu encontrasse outras esperanças e motivações em minha mente pervertida. Em alguns minutos, deixou de lado o que estava fazendo, pelo visto havia concluído tudo o que havia deixado pendente e agora estava interessado em descobrir o que eu fazia. Percebi Lucas parado olhando para mim sem disfarçar, e sem deixar de sorrir. Aproveitando a deixa, levantei meu rosto que até então estava fixo em uma linha rabiscada com meu garrancho, atoladas de palavras em espanhol e o olhei também diretamente.
- Você é irmão da Sabrina num é não leque?
- Sou sim cara. Lucas é seu nome certo?
- Isso. Tá difícil ai? – disse ele apontando com a cabeça em direção ao meu caderno jogado na mesa.
- Sinceramente tá um pouco cara, sou péssimo em espanhol, e pra ajudar to com muita preguiça. Sei lá o que deu em mim, não to com a mínima vontade de fazer isso. Só que a minha aprovação depende disso!
- Pelo que eu ouvi falar de você por ai nos corredores da escola isso não é muito típico do seu comportamento. Não é você o queridinho dos professores?
- Foi o que eu disse, a preguiça me dominou!
- Se quiser cara, to aqui e posso ajudar.
Foi estranho aquilo, mas não contive meu riso. Lucas ficava o tempo todo paquerando no pátio. Como ele ia poder em ajudar com alguma coisa? Tentei não soar muito maldoso ao expor o que pensei, mas acho que não fui efetivo.
- Não me leva a mal, mas o que você sabe de espanhol? Você fica o tempo todo no pátio. Você é autodidata?
- Tem muita coisa sobre mim que você não faz idéia Gustavo. – O olhar do cara voltou-se ainda mais fixo em meus olhos, pude reconhecer de imediato a pretensão nele oculta. .-  Se eu fico no pátio, é por que eu não preciso das aulas, minhas notas são tão altas quanto as suas, até mesmo em espanhol. Tenho facilidade em aprender sozinho, só venho a escola para conseguir a bendita certificação que todo mundo pede, caso contrário nem pisaria aqui.
Toda aquela historinha de autodidata não me convenceu nem um pouco, o papo do cara parecia artificial demais, mas as segundas intenções que se encontravam ali embutidas eram totalmente concretas, e não me deixavam duvidas. Estava balançado é claro, mas não podia arriscar minha nota final de espanhol, só para satisfazer meus desejos e resolver o meu problema com a preguiça. Fiquei meio que entre a cruz e a espada, mas por fim acabei me decidindo em dar corda a Lucas.
- E você vai simplesmente me ajudar com o dever de espanhol sem cobrar nada de mim? No mínimo vai querer me extorquir, pelo menos eu no seu lugar faria isso. - Admiti sério.
- Claro que não. – Lucas sorriu ainda mais.
- Sabia! Era obvio isso! Quantos reais?
- Meu preço não é em dinheiro leque.
- Hã?
- Não quero seu dinheiro, mas também não vou fazer nada de graça.
Comecei a me encabular, na verdade não estava entendendo mais nada.
- Lucas, fala direito. Explica o que você quer! Odeio enigmas.
- Relaxa! Tá pilhado mesmo hein. Bom, na hora certa eu te digo o que é, mas eu tenho certeza que o meu preço vai acabar sendo um presente para você também. Quer que eu te livre dessa ou não?
Não sei por que, ou apenas fingi não reconhecer o motivo pelo que eu fiz aquilo, mas sem hesitar topei.
- Fechado.
Depois de explicar todos os detalhes sobre o que deveria ser feito no texto que o professor havia me recomendado, e explicitar cautelosamente como eu queria que fosse feito, deixei Lucas sozinho na mesa, porém os pensamentos que ele me provocou não ficaram ali. Enquanto caminhava de volta a sala, ao ouvir o sinal que anunciava o fim do intervalo, estimulei ainda mais a minha imaginação, eu no fundo sabia a moeda de troca do cara, mas não queria me iludir e por esse motivo, procurei em minha mente outras opções que pudessem se encaixar na conversa dele. Provavelmente eu seria obrigado a limpar os tênis dele por uma semana, passar suas roupas, ou algo do tipo. Não deveria ser nada demais. Mas se ele disse que o preço dele acabaria me agradando, com certeza essas opções eram incoerentes.
Tradicionalmente continuei a observá-lo da janela da minha classe, e também tradicionalmente, uma das colegas de classe do cara estava sentada colada lado a lado dele. Foi com os olhos fixos naquela janela e com os pensamentos tão fixos quanto meus olhos naquele cara que terminei meu dia. Retornei para casa, jantei com a família, dormi relativamente bem e assim que o sol deu seus primeiros sinais, despertei para começar minha quarta feira monótona na escola.
Mais uma vez, minha galerinha matou aula, e para minha insatisfação, ninguém me avisou nada. Atravessei o corredor imenso até minha sala sozinho, procurando lugar em meio à multidão de estudantes das várias séries, todos tagarelando feito matracas sem trégua. Avistei de longe aquele sorriso inocente de Lucas, e ele pareceu ter me visto simultaneamente, achei estranho quando percebi que ele estava correndo em minha direção, abrindo espaço em meio à galera, para chegar até o ponto onde eu me encontrava estático. Percebi em suas mãos uma folha de papel, bem conservada, quase sem dobra alguma e junto a esta, uma outra folha de caderno, a qual parecia ter sido recém- arrancada.
- O texto tá na mão, e sua divida está ai também, é só você ler e pagar. To indo pro pátio, depois a gente se fala.
Não gostei da rapidez com que ele falou comigo, foi de certa forma grosseiro, nem ao menos me deixou responder, ou questioná-lo por causa de suas meias palavras que até então não me faziam sentido algum. Mas era estranho como eu era incapaz de sentir raiva daquele cara, se fosse qualquer outro, aquele comportamento ríspido teria me irritado profundamente e seria um motivo mais que suficiente para eu discutir com a pessoa. Aquela carinha de anjo não me permitia sentir raiva, pelo contrário, só me fazia desejar estar cada vez mais próximo dele.
Fui meio que empurrado para dentro da sala pelo meu professor de Biologia, entrei anestesiado e sentei em meu lugar. Tomei em minhas mãos as duas folhas de papel, a letra de Lucas era bonita, apesar de não ter sido feita com aquele capricho que eu estava acostumado a ver no caderno das meninas da minha sala, tinha uma rusticidade que a tornava bela. Dei uma lida pro cima no texto sobre gravidez na adolescência, apesar de eu  pessoa mais recomendada para fazer a correção deste, percebi que estava bem escrito e aos meus olhos parecia não haver erros de linguagem, provavelmente seria o suficiente para garantir minha aprovação. Fiquei meio receoso ao olhar para o outro papel, tinha medo do que me esperava, apesar de estar morto de curiosidade. Com um pouco mais de tempo, tomei coragem e desdobrei a folha de caderno, escrita com a mesma letra, mas desta vez em dimensões um pouco menores. Fiquei ainda mais extasiado quando terminei de ler. O bilhete dizia:
“ Minha parte foi cumprida da melhor forma que pude, agora espero seu pagamento, estarei depois do intervalo  esperando por você no ultimo Box do banheiro masculino, no bloco II. Até lá, aguardarei ansioso pelo meu pagamento.”
Engoli seco e senti meu rosto corar, deixando a tonalidade pálida da minha pele de lado. Se Lucas realmente estava planejando o que eu suspeitava, eu estaria me sentindo muito feliz naquela hora, seria ótimo, mas o grande problema estava no fato de estarmos na escola, e de onde ele pretendia receber seu pagamento. Não queria refutar aquela oportunidade, mas também não estava disposto a me queimar mediante a escola toda. As possibilidades de um flagrante, apesar de reduzidas, visto que no bloco II, quase ninguém passava durante o segundo período, ainda existiam e me amedrontavam. Existia ainda a possibilidade de Lucas estar querendo pregar uma peça em mim, e se todo aquele teatro fosse só uma farsa dele com intuito de jogar ao vento por toda a escola que o melhor aluno gostava de homens? Aquilo me assustava e me deixava muito inseguro. Arrependi-me profundamente de ter sentido preguiça de fazer aquele texto, de ter aceitado a proposta do cara e de ter alimentado tanto minha imaginação. Mas era tarde demais, eu tinha palavra, e se eu havia topado paga-lo com o preço que ele quisesse estipular, era  o que eu deveria fazer.
Observei meu próprio comportamento durante todo o primeiro período, olhava em vão para a janela, dessa vez Lucas não se encontrava ali no pátio, percebi minhas pernas inquietas, se batendo uma na outra repetitivamente, minhas mãos suavam, meu coração estava acelerado e meus pensamentos acompanhavam seu ritmo. O sinal anunciou o ápice do  meu nervosismo, não cheguei nem mesmo a ir ao intervalo, me dirigi diretamente ao bloco II e entrei no ultimo Box do banheiro. Sentei-me no vaso sanitário, relativamente conservado, em relação aos dispostos no banheiro do bloco I e ali passei os últimos minutos de aflição aguardando por ele. Li todas as pichações  que estampavam a porta do Box, desenhos de pênis eretos, declarações de amor e outras centenas de palavrões e nomes se espalhavam, cobrindo praticamente toda a porta. Foi quando distraído lendo uma dessas declarações de amor, ouvi o rangido da porta principal do banheiro, peguei meu celular do bolso e conferi a hora. O sinal estridente confirmou que o intervalo havia chegado ao fim e pontualmente, Lucas estava entrando no banheiro, cobrar o que era seu de direito. Senti certa incerteza me dominar, não sabia se estava agindo corretamente em estar ali, em render minha razão aos meus desejos de uma forma tão exagerada. O que acontecera com Sérgio não se comparava em dimensões de risco com o que eu estava proposto  a enfrentar. Mais uma vez, um dos sete pecado capitais acabou me levando a fragilidade e me deixou exposto aos meus desejos. Dessa vez a preguiça de fazer um texto inútil de espanhol era a responsável.
Ouvi os passos se aproximarem e pude em menos de alguns segundos observar os tênis de Lucas sob a fresta da porta do Box. Fiquei aliviado por saber que era realmente ele, e que estava sozinho. A sensação de estar caindo em uma armadilha tornou-se praticamente escassa naquele exato momento. Percebi que Lucas se abaixou, conferindo meus tênis, para certificar-se de que não estava cometendo nenhum engano. Eu não sei por que, mas sem dizer nada, destranquei o trinco da porta e soltei-a. O cara percebeu e logo abriu.
- Sabia que você não era caloteiro! – Mal pude perceber, mas enquanto falava Lucas já me havia tomado em seus braços.
- Eu...eu não costumo dever a ninguém.
Lucas me tinha em seus braços, me segurava firme, pude sentir seus músculos juvenis me envolverem por inteiro, seu corpo estava totalmente colado ao meu, seus olhos fixos em minha boca, com ar sério, mas irresistível. Senti sua mão percorrer minhas costas carinhosamente, a pegada era forte, me arrepiava. Seus dedos deslizaram até minhas nádegas. Lucas demorou-se ali, parecia contorná-las com os dedos, sempre com pressão e desejo. Aquilo era novo, mas era irresistível, pude sentir meu corpo amolecer enquanto o cara tomava cada vez mais controle da situação. Estava de olhos fechados, mas assim que os abri, vi a porta do Box ainda aberta, aquilo me deixou nervoso e apreensivo, me desvencilhei dos braços de Lucas e tranquei novamente a porta.
O fato de eu ter me afastado não afastou o cara. Ele me agarrou por trás, pude sentir todo o êxtase de seu corpo, sua respiração era acelerada, seu corpo trêmulo e seu pênis estava irresistivelmente excitado por dentro da calça. Senti-me perdendo ainda mais as forças e todo meu poder de resistência, sem dizer muitas coisas, Lucas tinha todo o poder de fazer comigo o que quisesse, eu seria incapaz de recusar o que quer que fosse. Virei-me e impulsivamente o beijei, seus lábios eram macios, seu beijo molhado e carinhoso, havia ternura em tudo o que aquele cara fazia, mas a sensualidade não o abandonava. Ele continuava a tocar-me pro trás enquanto me beijava, sempre com firmeza e vontade nas mãos, sentia minhas nádegas se encaixarem perfeitamente em suas mãos grandes e percebia que propositalmente ele forçava eu corpo junto ao meu, de forma que nossas barrigas se tocavam, bem como nossos órgãos do prazer, que a essa hora estavam enlouquecidos.
Decidi ousar e enfiei minhas mãos por dentro da camisa daquele homem enquanto ele continuava a me beijar, chupando e mordendo meus lábios e língua ardentemente. Sentir os contornos daquela barriga definida era muito bom, cada pequeno fio de pelo que nascia no corpo em desenvolvimento do cara, o deixava ainda mais irresistível ao toque, era como se estivesse acariciando algo aveludado, mas viril, forte, e que me trazia sensação de segurança. Percebi que quando toquei seus mamilos, Lucas cedeu, pareceu ter ficado tão fraco como eu fiquei com seu toque, e resolvi progredir, puxei a camisa do cara e o beijei. Beijei seu peito com vontade e curiosidade, ouvi-lo suspirar de satisfação só me estimulava a continuar, encaixei minha boca com êxito em seu mamilo e deixei que meus lábios o molhassem. Percorri cada músculo daquela barriga com minha língua e fui induzido pelas mãos de Lucas a descer.
Ele mesmo abriu seu zíper e despiu-se de tudo que cobria seu pênis. Parei por alguns minutos e o fiquei olhando, era incrível, mas com certeza Sergio não era páreo para Lucas, apesar de ser consideravelmente mais velho que ele. A tonalidade avermelhada tornava-o ainda mais tentador, era como um convite para que eu aproximasse meus lábios, e foi exatamente o que fiz.
Com suavidade o toquei e deixei que aos poucos Lucas o acomodasse como preferia. Percebi os movimentos que o cara fazia com a cintura e aquilo me deixou ainda mais excitado. O Pênis de Lucas deslizava a medida que entrava e sai da minha boca. Os suspiros abafados do cara não cessavam e me deixavam doido. Inesperadamente, fui tomado nos braços por Lucas e recebi outro beijo ardente.
Lucas me virou e beijou minha nuca, me arrepiando totalmente, fez com que eu me apoiasse na porta do box e apertou-me contra ela, pude sentir seu órgão despido sobre minha calça, e não tardou até que senti Lucas abaixá-la. Ele ficou por algum tempo carinhosamente me prensando contra a porta, nossa pele se tocando nos pontos estratégicos onde nossas calças haviam sido abaixadas, bem como nossas cuecas. Sentir o membro de Lucas, ardente me minha pele era muito bom.
Aos poços percebi o que Lucas queria, não sabia se estava pronto para aquilo, mas não podia negar que queria muito. Aquele pensamento de me guardar para a pessoa certa foi enxotado para um lado esquecido da minha cabeça, no exato momento em que senti Lucas começando. Era incrível como apesar do desconforto da situação, da dor e de todo o nervosismo ele conseguia me enlouquecer. Tê-lo pouco a pouco, cada vez mais ligado a mim, era perfeito e irresistível.
- Calma Gu, tenta se controlar, você está gemendo um pouco alto demais, tenta se controlar, alguém pode entrar! – Lucas suspirava em meus ouvidos.
Só naquela hora me dei conta de meus suspiros um tanto quanto exagerados para o ambiente, tentei controlá-los, mas fui incapaz de extingui-los, o máximo que pude fazer foi diminuir seu tom.  Poderia ficar ali por horas se me deixassem, me sentia completo e cada vez mais seguro. Segurança era o que eu sempre havia procurado, e agora eu tinha certeza disso. Essa segurança eu havia encontrado no sexo. Lucas era perfeito naquilo.
Senti que seu corpo começou a suar e apesar de não ser um dos maiores fãs de suor, aquilo não me incomodou. Uma sensação estranha me dominou, senti o pênis de Lucas de uma forma estranha dentro de mim. Achei estranho quando ele se afastou, mas não resisti. Lucas virou-me, de forma que nossos olhos se encontraram novamente, Pude ver o mesmo brilho do aparelho dental do cara em seus olhos, ele estava satisfeito. Lucas pegou minha mão direita e fez com que eu o tocasse, em pouco tempo a senti molhada.
A sensação foi ótima e imediatamente fiquei da mesma forma que ele. Lucas recompôs-se e me beijou carinhosamente, para se despedir, sussurrou novamente em meus ouvidos:
- Espero que essa sua divida tenha sido tão prazerosa de ser paga para você como foi para mim. Confesso que desejei muito isso.
Com um beijo na testa o cara me deixou abrindo a porta do Box e em seguida a do banheiro. Recompus-me e só naquele momento me dei conta do que havia acabado de acontecer. Teria motivos de sobra para me arrepender, mas pelo contrário, me senti satisfeito e de certa forma orgulhoso.
Recordei-me de tudo o que rolou por muito tempo. No dia seguinte, entreguei a meu professor o texto, confesso que tive receio, temi um pouco pela minha nota final, mas estava dominado por uma confiança cega naquele cara com quem eu havia tido a minha primeira vez que mal me importei com isso. O resultado veio logo no dia seguinte, na sexta feira fui elogiado em meio a toda classe pelo excelente texto que havia desenvolvido e minha aprovação não era mais incerta, agora se tratava de certeza.
Foi assim, livre de qualquer perigo e arrependimento que mergulhei de cabeça no meu segundo pecado capital. A preguiça.


Aguardem, próximo conto dá série VAIDADE.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Inveja





Domingo em família nunca foi um dos meus programas prediletos, mas como tudo na vida pode tornar-se ainda pior, um domingo em família para conhecer o namoradinho novo da irmã mais velha era um porre ainda maior.
Eu tinha 15 anos na época, mas me recordo como e fosse hoje. Sabrina, minha irmã, andava de um lado para o outro da casa revezando-se entre ajustar suas roupas coladas ao corpo e fazer recomendações para que meus pais tratassem bem o tal de Sergio. Pelo o que eu havia escutado pelos corredores de casa, o cara era um perfeito playboyzinho, não trabalhava e se dedicava em tempo integral a faculdade de medicina, onde torrava a grana da família com baladas, churrascos acadêmicos e clubes esportivos. Eu não via a hora de toda aquela baboseira acabar, mas fui obrigado a esperá-lo junto ao resto da família.
Pontualidade pelo menos era uma qualidade de cara, às sete da noite em ponto a campainha tocou e Sabina disparou em direção à porta. Estávamos todos sentados no sofá quando a distancia vislumbrei meu cunhado na entrada da casa, segurando flores nas mãos e exibindo um belo conjunto de dentes perfeitamente brancos e alinhados. Naquele momento, meu domingo em família ganhou uma tonalidade diferente e senti dentro de mim algo estranho, que só fui capaz de distinguir alguns minutos depois.
Os cabelos castanhos claros, estilo moicano tornavam aquele rosto ainda mais perfeito do que já era. O pescoço era grosso com pequenos pontos de barba mal feita e o peitoral apertado na camiseta branca, deixando salientar a ponta dos mamilos do cara me deixaram por alguns segundos com o olhar fixo. Mal notei quando Sérgio entrou, beijou minha mãe no rosto e com alguns tapinhas nas costas cumprimentou meu pai. Levantei-me tímido do sofá e apertei sua mão. Era um toque firme, suas mãos eram grossas, provavelmente como conseqüência de muitos levantamentos de peso na academia.
Observei discretamente os bíceps do cara se contraírem enquanto ele balançava o braço ao me cumprimentar, até vê-lo ser raptado pela minha irmã e empurrado no sofá. Meus pais foram até a cozinha terminar de arrumar a mesa, enquanto eu fiz o papel de vela na sala. Os dois pareciam ignorar minha presença, beijavam-se de forma descontrolada, Sabrina sentada no colo do rapaz, erguia sua camiseta acariciando uma bela barriga trincada sem cessar os beijos. Aquilo me enlouqueceu.
Para minha sorte, ou talvez azar, meus pais retornaram a sala antes que os dois acabassem nus rolando pelo carpete. Serviu-se o jantar, mas a tortura não foi interrompida. As carícias e os beijos de Sergio eram contínuos, o playboy era um cavalheiro, romântico, lindo e o melhor, parecia ter muita pegada.
Reconheci naquele momento o que eu estava sentindo. Aquilo que eu sentia desde o momento em que pus meus olhos sobre Sergio era desejo e o pior, eu estava com inveja. Inveja de minha própria irmã por ter em seus braços aquele homem que meu corpo pedia desesperadamente para tocar.
Retirei-me da mesa cedo demais. Fui para meu quarto e ali fantasiei. Olhando para o teto enxerguei meu cunhado sorrindo e se despindo. Meu coração se acelerava à medida que a inveja e o desejo progrediam. Horas se passaram e eu, quase adormecido fui atender aporta do meu quarto, a qual alguém chamava por meu nome.
Sergio segurava algumas almofadas do sofá da sala e com olhar terno se dirigiu a mim:
-Brotherzinho, acabei me esquecendo da hora, perdi o ultimo ônibus e vai ser difícil encontrar algum táxi há essa hora, sua mãe disse que eu podia dormir aqui com você. Tem algum problema? Você tem um colchão extra aí não tem?
Fiquei imóvel, era bom demais para que eu pudesse acreditar que aquilo era verdade. De qualquer forma tentei parecer natural, sorri sem graça e o convidei para entrar. Trocamos uma meia dúzia de palavras, mas eu estava nervoso demais para manter uma conversa decente e ele logo desistiu. Ajeitamos juntos o colchão logo a baixo da minha cama e com outro sorriso carinhoso, recebi um desejo de boa noite do cara e assisti a cena mais linda que eu havia assistido até então.
Sergio era muito forte, despiu-se de sua camiseta e deixou totalmente a mostra a barriga que vi minha irmã acariciar algumas horas atrás, bem como o tórax definido que observei espremido na camiseta justa. Era mais irresistível do que eu havia imaginado.
Seus mamilos eram pequenos e delicados, de uma tonalidade escura que contrastava com sua pele alva. Seu corpo era liso e provido de detalhes que não escaparam aos meus olhos. Tentei esconder que o encarava, mas foi impossível, observei cautelosamente cada curva formada no corpo daquele homem pelos inúmeros músculos e perdi meu autocontrole. Meu êxtase aumentou quando Sergio despiu-se da calça, suas coxas eram enormes e assim como todo o resto do corpo, revestidas por músculos alongados e viris, alguns pelos cobriam-na e a deixavam com um charme ainda maior, a cueca branca estilo boxer não ocultava os detalhes mais íntimos do corpo do cara. Pude perceber o contorno perfeito do seu pênis espremido na cueca, junto aos testículos, que pelo volume pareciam ser bem grandes. Apenas a luz da minha escrivaninha estava acesa, talvez esse fosse o motivo pelo qual meu cunhado não disse nada quando me viu secá-lo sem pudor. A iluminação insuficiente deve ter feito com que fosse imperceptível a expressão de desejo em minha face. Agradeci por isso.
Observei-o sem interrupções, o vi deitar no colchão, com as costas largas voltadas na direção da minha cama e suas nádegas perfeitamente redondas completando a visão divina, notei também quando seus suspiros tornaram-se mais intensos e ele caiu no sono. Não conseguiria dormir se não cedesse aos meus desejos, recordei-me das cenas de carinho e desejo implícito entre o cara que dormia seminu bem na minha frente com minha irmã, recordei-me da inveja que me dominou, e fui impulsionado a seguir meus instintos.
Desci sem medo de minha cama e o toquei sutilmente com medo de acordá-lo, mas satisfeito em sentir o calor daquela pele em minhas mãos. Estava sentado no colchão olhando diretamente para aqueles músculos da barriga, segui-os com os olhos até encontrar com uma cueca bem preenchida e senti-me ainda mais fraco. Estava cometendo a maior loucura da minha vida, tocando o peito do namorado da minha irmã, na minha própria casa, com toda a família presente em seus respectivos quartos e ainda pro cima desejava ser ainda mais ousado, queria segurar no volume escondido por aquele pedaço de pano. Ou pior, queria tira-lo, deixar meu próprio cunhado nu e tocá-lo sem receio. Foi ai que percebi uma coisa que acabei levando comigo por toda minha vida, quando você está dominado por um dos sete pecados capitais, a loucura vem de imediato como brinde e você torna-se totalmente vulnerável ao poder de ambos. Insensato ou não, imoral ou não, louco ou não, tudo o que me importava naquele momento era o homem que dormia tranqüilo em meu quarto. Deslizei minhas mãos carinhosamente do peito até a barriga, aumentando progressivamente a pressão dos meus dedos, que antes temiam acordá-lo e alcancei o objeto de desejo dos meus olhos e de todo meu corpo.
Foi incrível a sensação de tocar no órgão mais intimo de outro homem, o calor era intenso, a maciez era incrível, percorri com os dedos os contornos explícitos sobre a cueca e notei uma súbita mudança de estado do que estava ali dentro. Levantei-me rapidamente atordoado e com medo das conseqüências que estariam prestes a vir. Não sei se o cara havia acabado de acordar ou se há muito fingia dormir, mas os belos olhos de meu cunhado destacaram-se na escuridão do quarto. O cara sentou-se no colchão e sorriu de uma forma sacana. Minha pequena experiência de vida, nunca havia me colocado frente a frente com um sorriso tão pervertido como aquele. Meu coração acelerou-se e entrei em pânico. Precisava pensar rápido, dizer algo plausível antes que todos os meus segredos acabassem jogados em cima da mesa para frustração e comentários de toda a família, da pior forma possível.
- Cara desculpa, eu não sei o que deu em mim, eu só estava curioso... Eu...eu... – Tentava me justificar, mas nada surgia em minha mente, observava a expressão intacta de Sergio, que parecia estar se divertindo com toda a situação e aquilo fez aumentar meu temor. Toda a adrenalina gerada pelo fato de estar cometendo um pecado evadiu-se junto com a minha coragem súbita.
Sergio tocou meu lábios com o dedo indicador, fazendo o sinal de silencio, e nem por um segundo deixou de sorrir. Aquilo não me acalmou nem um pouco e eu continuei tentando buscar por meios de me explicar.
- Para ser sincero, eu só queria ver, eu tenho muito medo de não ter um “menino” normal, eu queria ver como era o tamanho do de um cara mais velho como você, é só isso... Você deve estar imaginado muitas coisas sobre mim, mas é sério cara. Juro que era só isso o que eu queria fazer! Por favor, me entenda, não conta para a Sabrina, não conta para os meus pais... – Comecei a corar e senti algumas lágrimas se acumularem no canto dos meus olhos.
Meu cunhado continuou em silencio e pareceu incomodado com meu falatório, aproximou-se ainda mais de mim e tomou minha mão com a sua.  Colocou-a de volta onde estava minutos antes de toda aquela confusão e sussurrou em meu ouvido, causando-me arrepios intensos e me enchendo de entusiasmo:
- Deixa de paranóia cunhadinho, eu sei o que você quer, e eu posso te afirmar que eu também quero muito isso, continua de onde parou, continua com seu carinho, ele estava me proporcionando os sonhos mais incríveis que você pode imaginar.
Aquela frase proferida de forma abafada rente ao meu ouvido foi mais do que uma bandeira branca. O medo deu lugar ao desejo novamente e o abracei. Como um bom menino, o obedeci e deslizei minhas mãos no mesmo lugar onde ele as abandonou, dessa vez sem qualquer tipo de receio, enfiei dedo por dedo na borda da pequena peça de roupa e senti a pele ainda mais quente. Aprofundei a mão e o alcancei, nessa hora obviamente, não mais tão macio e sim firme, o membro pulsava demonstrando fisicamente o que eu provoquei no estado psicológico daquele homem. Fiquei tão tocado quanto Sérgio automaticamente.
Puxei toda a cueca e pude velo com detalhes frente a frente comigo, separados apenas por centímetros, pude inalar o leve aroma masculino que se dispersava dele. Era como se fosse um convite para que eu me aproximasse ainda mais. Olhei para Sergio com incerteza, para poder garantir que o desejo do seu corpo era também o desejo de sua mente, e com um sorriso e um aceno de cabeça o homem deixou claro suas vontades, me  permitindo concluir que sim. Ao passo que me aproximava o perfume aumentava e era ainda mais tentador, fui incapaz de resistir, encostei-o em meu rosto, para senti-lo próximo, ardente e tentador. A sensação era nova, porém parecia que eu estava familiarizado com tudo aquilo, acariciei-o com a pele do meu rosto por vários minutos, sem deixar de procurar periodicamente o olhar do meu cunhado, onde durante todo o tempo eu encontrei malicia, satisfação e muitas coisas ocultas as quais fui incapaz de desvendar.
Liberei-me totalmente e me deixei  levar somente pelo desejo, esquecendo tudo, beijei o pênis de Sérgio como se estivesse provando um novo sabor de sorvete, pelo qual me apaixonei instantaneamente. Percebendo a reação do cara, não hesitei e permiti que meus lábios e minha língua fossem os instrumentos da satisfação total de Sérgio. E assim foi, à medida que recebia o afago do meu cunhado em meus cabelos, ouvindo como fundo gemidos abafados, reprimidos, mas intensos, reconheci o poder que eu mesmo tinha. Eu era capaz de muita coisa, um leque de possibilidades e fantasias abriu-se em minha mente.
Sem entender muito, vi Sergio afastar meu rosto. O cara deitou-me sobre o colchão, retirando a camiseta do pijama que eu vestia, acariciou meu peito suavemente e baixando a parte inferior de seu corpo junto ao meu, deixou que toda sua excitação se tornasse visível.  Olhei para meu próprio corpo e mal pude acreditar no que havia acabado de acontecer, me sentia confuso, mas o prazer era tanto que não pude pensar em nada. Sérgio deitou-se ao meu lado ainda nu, acariciou novamente minha barriga, agora estampada com a concretização do seu desejo, e brincou.
Tê-lo ao meu lado era indescritível. Meu cunhado foi muito carinhoso, mesmo com suas mãos firmes, tocou-me me suavemente por dentro da cueca. Eu era fraco, talvez muito novo, aquela situação toda era boa demais para mim, nova de mais para mim, por isso em segundos deixei com que o que eu sentia também se revelasse aos olhos de Sérgio. Vi a alegria nos olhos daquele homem, pareceu que assim como eu, Sergio havia desejado aquele momento.
Recebi por mais alguns minutos cafuné  e carinho em todo o corpo. O cara tinha um certo cuidado de pai comigo, parecia preocupado com o que eu estava sentindo, com a minha satisfação. E foi assim que com os dedos de Sérgio acariciando meu rosto adormeci.
O dia seguinte foi frustrante. Acordei e me vi só no quarto, o colchão extra guardado em seu devido lugar e eu estava completamente vestido e sem a companhia dele ali. Foi constrangedor enfrentar minha irmã logo no café da manhã, meu silencio predominou durante todo o dia, e assim foi por um bom tempo. Relembrei por muito tempo aquilo que vivenciei, e recordei muitas vezes como foi intenso o poder da inveja em meu intimo. O pecado que antes eu julgava indevido, proporcionou-me pela primeira vez uma amostra do que era sentir-se desejado.
Infelizmente, Sabrina acabou espantando Sérgio antes que pudéssemos nos reencontrar e com ele eu pudesse experimentar novas sensações. O namoro acabou dias depois daquela visita. Minha irmã surtou depois de encontrar mensagens de uma ex-namorada de Sérgio, um tanto quanto indiscretas em seu celular e decidiu acabar com tudo. Nunca mais o vi.


Aguardem: próximo conto dá série PREGUIÇA