
Quando eu digo a vocês que a vida é capaz de nos surpreender dia a dia, podem ter certeza que não estou sendo exagerado. Bastaram poucos meses para que eu passasse da figura do adolescente rejeitado e sofredor, que não era capaz de conquistar alguém que o amasse de verdade, para o garoto pervertido que aos poucos aprendeu a valorizar-se e conquistar a própria satisfação desligando-se cada vez mais do medo e receio de viver e experimentar coisas novas. Esse novo sentimento que passou a definir parte de minha nova personalidade, foi o principal responsável pela minha ressurreição para a vida, voltei a sorrir e onde quer que eu passava, deixava que meu ego irradiasse sobre as pessoas ao redor, afetando-as indiretamente. Não sei bem ao certo o motivo, mas sei que essa mudança atraiu para mim muito mais do que pensamentos positivos, os olhares alheios, tornaram-se cada vez mais freqüentes em minha direção. Na sua maior parte eram as garotas, por onde eu passava nos corredores da escola, notava meia dúzia de meninas me olhando com o rabo do olho, olhares discretos, mas que as denunciavam. O mesmo interesse implícito na olhadela discreta do publico feminino era perceptível algumas vezes vindo de alguns colegas, que assim como Lucas escondiam atrás da pinta de machão um desejo reprimido pelo mesmo sexo.
Eu admito que minha auto-estima passou a um nível um tanto quanto exagerado, preocupava-me cada vez mais com minha aparência, sempre querendo mais e mais olhares voltados a mim. Minha mesada curta passou a ser investida em roupas que valorizassem meu corpo magro, mas com formas bem definidas. Usava camisetas não muito largas, que se ajustavam ao meu tórax, a parte do meu corpo que sempre me agradou, por suas formas simétricas e desenhadas, procurava sempre andar perfumado onde quer que fosse, e meus cabelos sempre arrepiados com gel ou algum creme especifico. Fui tomado totalmente pela vaidade e não via meios de afastá-la de mim, minha personalidade fundiu-se a mais um dos sete pecados capitais, sem a menor chance de difundir-se.
Comprovei a eficiência de todos os meus cuidados com a aparência, quando em certa tarde, deixei a escola e peguei um ônibus em direção a minha casa. Como de costume a lotação estava cheia, eram pessoas de diversas idades e tipos aglomeradas em alguns poucos metros quadrados. Os mais sortudos sentados nos assentos viajavam na mais tranqüila paz, apesar do calor sufocante do ambiente, enquanto os últimos passageiros a tomarem o ônibus, assim como eu, eram obrigados a se espremerem no corredor estreito do carro. O contato físico e o popular calor humano típico dos transportes públicos era inevitável, vira e meche recebia uma encoxada de algum passageiro que tentava passar pela multidão a fim de descer. Percebi a entrada de um passageiro um tanto quanto interessante, um ponto posterior ao da escola. Apesar de muitas cabeças e ombros taparem minha visão, era impossível ignorar o rosto jovial recoberto por uma barba rala e aloirada, assim como os cabelos do cara. Percebi que os olhos eram claros, mas quando estava prestes a identificar a cor exata, um senhor trajando terno e gravata, cujo paletó apertava a barriga sobressalente, levantou-se para ceder lugar a uma senhora que havia tomado o ônibus no mesmo momento. Ao invés de jovialidade, passei a ver apenas a cabeça redonda e careca do individuo. Aquilo me incomodou, mas não me abalei, pois não tinha motivo algum para me inconformar. O cara era um estranho, e agora eu tinha todas as possibilidades em minha mão, mais cedo ou mais tarde, surgiriam novas opções para minha imatura coleção de aventuras sexuais. Minha vaidade era meu certificado de garantia de que isso aconteceria em breve, se não fosse com o loirinho barbudinho, alguém mais interessante e bonito se encantaria comigo e me levaria para cama. Assustei-me quando me peguei pensando em fazer sexo com o estranho que vi pela primeira vez no ônibus, definitivamente os últimos acontecimentos tinha me mudado e muito. Uma freada brusca do motorista bem próximo a uma lombada, fez com que metade dos passageiros se deslocassem para cima da pessoa que estivesse mais próxima, felizmente eu por estar com as duas mãos bem posicionadas nos apoios de segurança, consegui manter-me no mesmo ponto quem que estava, mas o cara barrigudo não teve a mesma sorte, e a moça que estava em pé ao lado dele, menos ainda. Por pouco o homem não despencou em cima da garota, que contorcida, não reclamou. Em meio a toda a confusão na “sauna urbana” perdi de vista o loirinho. Virei o rosto o máximo que pude e não o vi.
A voz rouca proferida rente aos meus ouvidos chamou minha atenção, o cara estava ali do meu lado procurando por algum caminho onde pudesse se deslocar:
- Licença, por favor, cara.
Olhei-o diretamente nos olhos e vi algo estranho naquele olhar, recordei-me do olhar de Sergio naquela noite me meu quarto e de Lucas quando me avistava no corredor da escola. A expressão séria não era o suficiente para apagar o interesse dele em mim, mas por outro lado foi suficiente para me encorajar a olhá-lo da mesma forma, olhos nos olhos. A iluminação natural do sol que entrava pela janela, fazia com que os pelos da barba tornassem-se dourados e mais charmosos. Os lábios finos e de um tom rosado bem forte me encantaram, e os olhos me trouxeram a sensação de estar mergulhando em um rio cristalino. Concentrei-me por algum tempo para deixar algum espaço por onde ele pudesse passar. Encolhi-me o máximo que pude e mesmo assim o contato foi inevitável. Senti que propositalmente o cara demorou-se atrás de mim, passando lentamente seu corpo rente ao meu, tornando possível que eu sentisse em minhas nádegas o volume de sua calça ainda em repouso. Arrepiei-me e fiquei ainda mais atraído pelo cara.
Pensei que ele fosse continuar andando até o final do corredor, mas parou em pé logo ao meu lado. Depois de mais algumas barbeiragens do motorista do ônibus, o cara novamente quebrou o gelo que pairava sobre nós, fazendo que os olhares que ambos lançavam um ao outro com descrição e desejo dessem lugar a palavras.
- Que calor. A pior coisa do mundo é pegar ônibus lotado no verão, ainda mais no horário de pico.
- Verdade. – respondi ainda sem jeito e procurando em minha cabeça algo a mais para dizer. – O pior é o pessoal que acaba de sair do trabalho, cansado e não acha luar para sentar.
Ele se curvou aproximando os lábios do meu ouvido, mas sem chamar a atenção dos outros passageiros.
- Para ser sincero cara, eu acho que o pior é o cheiro dessas pessoas que saem do trabalho! O que tem de gente fedida nesse ônibus é um absurdo.
Eu sabia que ele estava completamente correto quanto a isso e por isso ri um pouco escancarado, acabei parecendo mais bem- humorado do que pretendia e chamei a atenção das pessoas que estavam sentadas nos bancos mais próximos logo à baixo de mim e do cara. Respondi a ele com a voz em tom baixo para que ninguém mais pudesse ouvir:
- Cuidado cara, se alguém ouve isso aqui dentro é capaz de você ser linchado. – sorri delicadamente para o cara.
- Nem me fale! Mas pelo menos tem alguns passageiros que salvam. Seu perfume é muito cheiroso.
Estava me habituando a receber elogios, mas não pude evitar e corei no exato momento em que o ouvi concluir a frase. Respondi novamente mais uma vez com um sorriso, mas dessa vez um sorriso tímido e envergonhado. Quando estava prestes a puxar algum assunto bobo para tentar continuar mantendo a atenção do cara, fui interrompido pro ele.
- Ei amigão, meu ponto é o próximo. Espero te ver mais vezes por aqui, você muda um pouco a aparência decadente do ônibus.
Fiquei chocado, o cara me cantou na cara dura, em um ônibus lotado sem mesmo me conhecer direito. Não tive tempo de reagir, só pude vê-lo novamente quando estava do lado de fora do ônibus, esperando para me ver pela janela. Nossos olhares se cruzaram mis uma vez da mesma forma que ocorreu dentro do veiculo, cheio de desejo. O motorista começou a andar, e por impulso o impedi gritando no meio do ônibus:
- Ei motorista, espera um pouco, vou descer aqui também!
Percebi algumas reclamações dos outros passageiros, criticando minha demora para descer e por ter perdido o ponto, mas para minha sorte o motorista não se queixou e parou o ônibus novamente. Desci um pouco desesperado e felizmente ele ainda estava ali, parecia que ele sabia que eu faria isso, que eu iria atrás dele. Sorriu para mim, mostrando todos os dentes e contraindo os músculos da bochecha junto com a barba. Ali percebi que ele era magro, mas que tinha braços fortes e que revestidos por pelos finos e loiros como seus cabelos. Percebi o tom de ironia quando ele tornou a falar comigo, mas ignorei, porque sabia que o que ele realmente queria era estar comigo, da mesma forma que eu o queria.
- Esqueceu onde mora foi?
Respirei fundo e tomei coragem:
- Não só esqueci-me de dizer que estou doido para te beijar.
Ele riu e eu entrei em pânico,, e se ele não estivesse interessado em mim, e se eu tivesse interpretado errado as palavras dele, seus olhares. Estaria me expondo demais pela primeira vez. Arrependi-me e por pouco não sai correndo atrás do ônibus feito um retardado.
- Que bom que eu não sou o único gamado por aqui. Achei que um carinha lindo, bem arrumado, todo estiloso como você nunca ia me dar bola. Duvidei que fosse corresponder minhas cantadinhas furadas de ônibus.
Corei ainda mais, por mais direto que eu tenha sido em minha abordagem, não esperava uma resposta tão objetiva. Felizmente não havia me enganado, realmente o cara estava interessado em mim, e isso já era um bom começo, só que eu não sabia exatamente para o que. Não sabia o que dizer, tive vontade de agir, mas achei que seria exageradamente precipitado da minha parte. Observei o chão por algum momento, algumas bitucas de cigarro entupiam as guias da calçada e a água que jorrava descontroladamente da mangueira de uma senhora, que se ocupava lavando a calçada em frente a sua casa, bem como a dos vizinhos mais próximos, formava uma poça no ponto mais baixo do asfalto gasto, próximo a onde estava. Percebendo meu constrangimento, o loirão tentou ser engraçado e despachar de vez minha timidez:
- Perdeu o ponto, e agora perdeu a memória também? Ou só esqueceu como falar? Ah...já entendi tudo! Perdeu foi a coragem! Fica assim não gatinho, já saquei tudo já.
Ergui minha cabeça e o olhei novamente, ele era bem alto, e me sentia um anão próximo a ele.
- É talvez você esteja cert....
Antes que pudesse completar a frase, uma bicicleta, conduzida por um dos caras do colégio passou em alta velocidade rente a guia da calçada e acertou em cheio a poça formada pela água desperdiçada pela senhorinha. Tomei um pequeno banho forçado em plena a rua de um bairro que eu pouco conhecia. Minha camisa ficou ensopada grudando o tecido sobre meu peito e alguns respingos molharam minha calça. Virei-me para identificar o trombadinha e insultá-lo, mas o imbecil estava correndo tanto que estava longe demais quando tentei enxergá-lo. Senti uma mão delicada tocando meus braços, era o loiro verificando meu estado:
- Ei, tudo bem? Cara você vai precisar de uma camisa seca para ir embora, assim vai fica meio difícil hein!
- Filho da mãe! Se eu descobrir quem é o desgraçado eu juro que esgano!
- Relaxa, não compensa se estressar por pouco. Vamos fazer assim, vamos até minha casa, lá eu te empresto uma camisa seca, você senta um pouco, toma um refrigerante, se acalma e depois se quiser vai embora.
- Tá doido? Você confia em todo estranho que conhece no ônibus assim, a ponto de levar ele para sua casa?
- Humm, acho que você está certo, esqueci de uma coisa. Olá, meu nome é Denis, tenho 23 anos, sou universitário e ficaria muito grato se você se apresentasse.
Denis estendeu a mão em minha direção e demorei alguns segundos até me decidir em apertá-la.
´- Prazer em conhecê-lo. Sou Gustavo aluno do ensino regular, com 17 anos de idade e muito interessado num estranho que acabei de conhecer na rua e já quer me levara para a casa dele.
- O prazer é todo meu, e acho que para sua sorte, esse estranho barbudo e feio está muito interessado em você também e a casa dele fica logo ali. – Denis apontou para a quinta casa depois da velhinha com a mangueira e soltou minha mão, saiu caminhando em minha frente, sem olhar para trás, confiante que eu estava o seguindo. Foi o que fiz.
Mal dei trinta passos e já estava aguardando Denis abrir a porta da frente de sal casa. A fachada da casa era modesta, mas bem conservada, assim como o proprietário, que apesar da barba parecia apenas um garoto desenvolvido. Enquanto esperava esticava a camiseta molhada que já começava a me incomodar e sentia o perfume forte do cara. Entramos na casa e me dei conta de que poderiamos estar acompanhados.
- Seus pais saíram?
- Meus pais estão bem longe daqui, moro sozinho, vim para cá por causa da faculdade. Tira a camisa gatinho e me dá, vou pendurar ela no varal. – Denis estendeu a mão direita.
Observando a modéstia mobília da casa e a organização incrível para um jovem que mora sozinho, retirei minha camisa. Alisei meu peito úmido com minhas mãos e com a camisa encharcada tentei secá-lo. Aquele homem tomou-a de minhas mãos sem pedir e saiu por uma porta ao fundo da pequena casa.
- Já te trago uma toalha, senta ai e fica a vontade.
O sofá duplo era o único lugar onde eu podia me sentar, e tinha o mesmo perfume que senti exalando de Denis. Fui dominado por um fogo e decidi o que queria naquela hora. Coloquei minha mão dentro da calça e toquei meu pênis sobre a cueca, estirei minhas pernas sobre o braço do sofá e o esperei de olhos fechados. Ouvi os passos se aproximando. Mas o melhor veio segundo depois quando senti. Denis me secava com uma toalha e com a outra mão contornava meu corpo, mantive os olhos fechados e curti o momento. Quando finalmente decidi abri-los, a toalha estava jogada no carpete e Denis beijava meu peito, arrepiando - me dos pés a cabeça. Aquele homem passava a língua contornando meu mamilo direito e o deixando arrebitado, sua mão tocou o volume em minhas calças, e nossas mãos ficaram sobrepostas sobre meu pênis, separadas apenas pelo tecido de minha calça. Contorci-me involuntariamente. Denis tirou a camisa e revelou seu tórax. Como imaginei, não era malhado, mas era revestido de pelos aloirados no peito e na barriga. A tonalidade fazia com que os pelos parecessem brilhar mesmo na ausência de luz. E eu desejei senti-los tocando o meu corpo. Puxei em minha direção e ele deitou-se sobre meu corpo, com a mão em sua nuca e o beijei. Entrei em transe ao sentir aquela barba roçando sobre minha pele, com certeza era uma das sensações mais gostosas que eu havia vivido até então. O arrepio aumentou quando constatei seu corpo grudado no meu e os pelos aloirados movimentando-se junto com aquele corpo sobre o meu.
Denis puxou minha mão de dentro da minha calça e despiu-se da sua.
- Ficou quente por aqui, acho que você poderia ficar mais a vontade se quisesse.
Sem hesitar, levantei-me do sofá e me despi, mas não parei na calça, fiquei totalmente nu, excitado, frente a frente com aquele homem lindo e que me levou a novas descobertas. Ele caminhou em minha direção e tocou meu pênis, o apertou e percebi que seu próprio membro se movimentou por baixo da cueca. Segurei-o também e deixei-o nu. Ficamos ali em pé e pelados e não demorou até que nos abraçássemos com vontade, ele me segurou com muita força e senti cada parte do seu corpo misturada a do meu, seu pênis muito maior que do que os outros com que tive contato, era coberto por mais daqueles pelos aloirados que vi em seu peito,p orem mais espessos e roçava no meu, aumentando a sensação de prazer de ambos. Permiti que ele me levantasse e encaixei minhas pernas em volta de sua cintura. Denis jogou-me delicadamente no sofá e me virou. Apoiei minha cabeça no encosto do sofá e senti a sutileza das mãos do cara tocando minhas nádegas. Não tardou até que eu pudesse senti-lo me tomando com os dedos. Senti-me preenchido e desejado mais uma vez e não evitei um suspiro profundo.
Por alguns minutos ficamos ali, eu agachado apoiado no sofá e Denis ajoelhado no chão me tocando e mexendo freneticamente os dedos dentro de mim, beijando e mordiscando minhas nádegas simultaneamente. Apesar do prazer, o que eu queria era mais do que aquilo, levantei-me e pedi que ele se sentasse no sofá.
Percorri o caminho que seus pelos faziam em seu tórax até o pênis lentamente, ora parando em certos pontos e puxando alguns pelinhos e beijando-os e sentei-me sobre seu colo. Pressione meu bum- bum sobre o pênis do cara e me senti em brasa. Foi mordendo seu queixo barbado que coloquei seu membro lentamente dentro de mim, a dor era menor do que fora com Lucas, por que ali, eu estava sobre controle, mas o prazer era tão grande quanto. Não sei exatamente o motivo, mas decidi que dessa vez eu tomaria as rédeas.
Descobri-me potente, e criativo. Movimentando-me sobre Denis, sentindo-o vibrante dentro de mim, não cessei os beijos. Puxei os braços daquele homem para trás do sofá e os segurei firme, observava de tempo em tempo a satisfação explicita no rosto dele que aos poucos começou a suar. Ouvi- o dizer coisas absurdas e safadas para mim, que Lucas não ousaria dizer, pelo menos eu creio que não, e aquelas frases pesadas, por mais estranhas que me pareceram me excitavam ainda mais.
Sussurrando em meu ouvido, Denis me interrompeu:
- Gu, é melhor você levantar, eu to surtando já, eu vou gozar.
Não estava pronto para sentir nada a mais naquele dia, e, portanto decidi acatar o pedido do cara e me levantei. Agachei-me no sofá e o masturbei. Minhas mãos revestiram-se com todo o prazer de Denis e eu enlouqueci. Para minha infelicidade, ouvi o toque inconfundível do meu celular vindo do bolso da minha calça. Levantei-me e com a mão limpa o atendi.
- Oi mãe!
Todo o momento de prazer havia sido destruído naquele exato momento, minha mãe estava enlouquecida do outro lado da linha, eu estava atrasado e ela já havia me imaginado assassinado em uma avenida a caminho da escola. Eu sabia que quando ela surtava daquela forma, a única coisa a se fazer era ficar o mais próximo dela e mostrar que eu ainda estava vivo. Infelizmente teria que deixar Denis naquele exato momento.
Expliquei-me em alguns minutos ao cara e me vesti, observei-o nu caminhando até o quarto e retornando com uma camiseta seca nas mãos. Eu a vesti, mas não sabia ao certo como explicaria a minha mãe a origem daquela peça de roupa. Com um beijo apressado e confuso, deixei Denis nu em sua sala e corri em direção ao ponto de ônibus. Felizmente ele havia anotado o numero do meu celular e eu teria a desculpa de retornar para buscar a minha camiseta molhada uma outra vez.
No ônibus fiquei dividido em relembrar os momentos irresponsáveis e intensos que havia acabado de concretizar e em criar hipóteses de mentiras e desculpas para apresentar a minha mãe. A única certeza que eu tinha que mais uma vez, um dos sete pecados capitais, a vaidade, me proporcionou momentos de prazer incríveis e inesquecíveis e que eu estava ansioso pelos próximos capítulos da minha própria história.
Aguardem, próximo conto dá série AVAREZA.